O principal assessor da pré-candidata democrata Hillary Clinton renunciou, neste domingo, depois que veio à tona a notícia de que sua empresa de relações públicas também trabalhava para o governo da Colômbia.
"Após os acontecimentos dos últimos dias, Mark Penn pediu para se afastar de seu papel como estrategista da campanha de Hillary", informou o comando de campanha da ex-primeira-dama, que luta pela indicação de seu partido na corrida pela Casa Branca, na eleição de novembro.
Na semana passada, a imprensa revelou que a empresa de Penn, a Burson-Marsteller, foi contratada por Bogotá para promover o Tratado de Livre Comércio entre Colômbia e Estados Unidos, acordo este criticado pela senadora Clinton.
Penn, presidente-executivo da empresa, disse que cometeu "um erro" ao se reunir, em 31 de março, com a embaixadora colombiana em Washington, Carolina Barco, e garantiu que não voltaria a cometer esse equívoco. O governo da Colômbia respondeu, então, com o rompimento do vínculo com a Burson-Marsteller, ressaltando, em nota, que as palavras de Penn foram "uma falta de respeito para com os colombianos, o que é inaceitável".
Já o comando de campanha de Hillary Clinton divulgou um comunicado neste domingo informando que "Mark, Penn, Schoen e Berland Associates, Inc. continuarão fornecendo assessoria para a campanha".
Esse é mais um golpe para Hillary, que enfrenta o senador Barack Obama na dura disputa pela indicação democrata.