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Gilson deve ser anunciado nesta sexta-feira vice do PT de Diadema
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/04/2008 | 07:07
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Uma das novelas mais longas da história política de Diadema deverá ter seu último capítulo nesta sexta-feira, com o anúncio oficial do vice na chapa majoritária do PT: o ex-prefeito Gilson Menezes (PSC).

Depois de meses de discussão e muitas possibilidades aventadas, Gilson Menezes, grande favorito à vaga desde o princípio, será oficializado como o escolhido durante reunião da cúpula petista, a ser realizada à noite no diretório municipal. No encontro será apresentada uma carta informando sobre o consenso em torno do nome do ex-prefeito. No entanto, o documento mostrará que a decisão não foi unânime.

No sábado, às 11h, o partido organizará uma coletiva de imprensa, na qual estarão reunidos, além de Gilson, o pré-candidato a prefeito pelo PT e deputado estadual, Mário Reali, e o prefeito José de Filippi Júnior (PT), para os esclarecimentos da adesão.

Contraponto - O fim de uma novela, contudo, não evita o início de outra. A escolha de Gilson pode ocasionar um racha entre os partidos de sustentação ao governo. Parte dos aliados (PV, PRB, PCdoB e PTB), que formalizaram uma frente parlamentar contra a nomeação do ex-prefeito para vaga , mantém o mesmo posicionamento e promete novas discussões. “Continuamos contrários à escolha do Gilson, porque não achamos ser esse o melhor caminho”, explica o vereador Laércio Soares (PCdoB).

De acordo com a vereadora Regina Gonçalves (PV), a atuação do bloco será mantida e o apoio para a eleição de outubro ainda não foi concluído. “Essa composição existe para discutirmos muitas outras coisas, além do vice. Vamos manter nossos encontros e debater sobre políticas públicas. No entanto, nenhuma aliança com o PT está garantida para a eleição”, explica.

Justificativa - Alheio as discussões, Gilson Menezes, que aproveitará a ocasião para realizar um encontro com os pré-candidatos do seu partido ao Legislativo, garante estar com os pés no chão sobre a nomeação. “Conversamos, mas as coisas só se consolidam com o carimbo final”, diz.

O ex-prefeito, que há menos de uma semana garantiu que não esperava mais o convite e estava preparado para lançar candidatura própria, justifica sua mudança de opinião aos inúmeros apoios recebidos nos últimos dias, que envolveram personalidades do PT, em âmbito estadual e federal, além da classe sindical. “Não poderia simplesmente virar as costas para todo esse apoio que veio ao meu nome”, comenta.

Por fim, Gilson, que chegou a se encontrar com o maior rival do PT, o pré-candidato a prefeito pelo PSDB e deputado estadual, José Augusto da Silva Ramos, acredita que poderá chegar a um acordo com os aliados que rejeitam o seu nome. “Sou uma pessoa do perdão. Se não tiver perdão no espírito não dá para viver. Sempre tive essa inclinação e, por isso, acho que valerá a pena me sentar com eles para uma conversa”, conclui.




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