O custo médio da cesta básica em março subiu 0,32%, impulsionada pelo aumento dos preços de 18 dos 34 produtos pesquisados pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

 Isso significa que o valor do conjunto de alimentos de primeira necessidade passou de R$ 295,27 (preço apurado pela entidade em fevereiro) para R$ 296,21. Ou seja, os consumidores desembolsaram R$ 0,94 a mais.

 Segundo a Craisa, o principal grupo que elevou o custo da cesta foi o de hortigranjeiros, que registrou alta de 10,83% no período.

 “Em relação ao levantamento retrassado, a banana subiu 13,65%, e o preço da batata reagiu 3,45%”, disse o engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá de Benedetto.

 Também contribuíram para o aumento os itens de limpeza doméstica, como o detergente e a esponja de aço, que encareceram respectivamente 7,68% e 4,87%.

QUEDA

 Já o grupo de alimentos industrializados apresentou queda de 1,49% e o conjunto de artigos de higiene pessoal teve redução de 2,15%. Outra boa notícia é o recuo no custo dos ingredientes que compõem o prato predileto dos brasileiros: arroz e feijão. “O avanço da colheita do arroz seguiu exercendo pressão sobre os preços do arroz que em março caiu 2%”, comenta Benedetto.

 Já o feijão apresentou valores em retração de 13,3%. “A entrada das safras de Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e São Paulo em menor quantidade provocou uma alteração nos preços, deixando as cotações em patamares mais razoáveis.

 Outra boa notícia é a retração nos custos da carne bovina de primeira e do quilo do frango, que baixaram, respectivamente, 4,55% e 2,33%.

 “Para os cortes de primeira, o que mais pesou no período foram as comemorações de Páscoa, época em que a população consumiu outros produtos, como peixe por exemplo. Sendo assim, com a demanda enfraquecida os valores diminuem”, conclui Benedetto.