Embora a legislação brasileira estabeleça, desde janeiro, a adição de 2% de biodiesel ao diesel comum (B2) e de 3% (B3) a partir de julho, a Mercedes-Benz anunciou ter concluído testes em banco de provas atestando o sucesso do uso do combustível vegetal puro (B100) nos motores de caminhões e ônibus da marca.

 De acordo com o gerente de desenvolvimento de motores, Gilberto Leal, foram feitas 2.500 horas de testes com biodiesel no Centro Tecnológico de São Bernardo e em abril terão início os testes operacionais com o apoio de clientes da montadora – empresas de ônibus e transportadoras.

 Esta segunda fase, que deve durar um ano, é importante porque coloca os veículos para funcionarem em condições normais de uso com fatores variáveis que podem influenciar – ou não – o desempenho dos motores.

 “Até o momento não foi registrada nenhuma anomalia. Pelo contrário, houve redução de até 65% nos níveis de emissões de partículas poluentes”, afirmou Leal.

 Vale ressaltar que os testes com biodiesel estão sendo feitos em caminhões normais, produzidos para funcionar com diesel comum. As análises com biodiesel, inclusive, estendem-se a motores de concepções mais antigas, pois a idéia é implantar o combustível vegetal em 100% da frota circulante sem a necessidade de adaptações por parte dos proprietários.

 A empresa já colocou nas ruas, para teste, caminhões e ônibus para rodarem com B20 (20% de adição de biodiesel ao diesel comum), antecipando-se em muito à determinação do governo de adotar 5% de adição a partir de 2013.