Política Titulo
João Avamileno assume o Consórcio
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
12/02/2008 | 09:38
Compartilhar notícia


Por unanimidade, o prefeito João Avamileno (PT-Santo André) foi escolhido ontem presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em substituição a Adler Kiko Teixeira (PSDB-Rio Grande da Serra).

É a primeira vez, em quatro anos, que um petista assume o comando da entidade, cuja função é defender os interesses em comum das sete cidades da região. Leonel Damo (PV), chefe do Executivo de Mauá, é o vice-presidente.

Ao contrário do que chegou a ser especulado, os seis prefeitos do Grande ABC – William Dib (PSB-São Bernardo), José Auricchio Júnior (PTB-São Caetano), José de Filippi Júnior (PT-Diadema) e Clóvis Volpi (PV-Ribeirão Pires), além de Kiko e Damo – mantiveram o acordo firmado no início do ano passado e votaram em Avamileno.

A eleição do chefe do Executivo andreense chegou a ficar ameaçada após os problemas ocorridos no PT local no final de 2007, quando o partido rachou em função das disputas internas pelas indicações do candidato a prefeito e do presidente municipal.

Outro fator ventilado foi uma suposta resistência ao nome de Avamileno por ele ser do PT – especulou-se que alguns prefeitos temiam deixar a presidência do Consórcio nas mãos de um petista em ano eleitoral. Os prefeitos negaram os boatos.

Apesar da eleição, Avamileno deve encontrar resistência interna em uma de suas bandeiras para a gestão: a da abertura do Consórcio para representantes de segmentos da sociedade civil discutirem e opinar a respeito de problemas envolvendo a região (leia mais nesta página).

READEQUAÇÃO - Mas, no geral, o prefeito andreense deve ter o respaldo dos demais chefes de Executivo da região para tocar projetos. E uma das prioridades é a obrigação de o Consórcio se adaptar às novas regras impostas pelo governo federal para receber verba da União.

Segundo decreto assinado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a entidade teria de se adequar às exigências para conseguir recursos, tornando-se pública. No entanto, uma interpretação dúbia da matéria está preocupando os prefeitos.

“Fizemos diversas consultas e até agora não temos garantia sobre futuros problemas. O temor é que, uma vez adaptado, os sete municípios virem uma coisa só e uma cidade que esteja em débito com o governo federal complique a vida das demais”, ressalva Avamileno. “Queremos segurança de que não teremos problemas jurídicos depois. Por outro lado, podemos inviabilizar o recebimento de recursos e projetos em parceria com a União.”

Kiko está reticente quanto ao assunto. “É melhor perdermos dinheiro do governo federal, nada muito vultoso, do que comprometermos a administração dos demais municípios por conta dessa união jurídica das contas das sete cidades”, avalia o agora ex-presidente da entidade.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;