A permanência das três combinações que fizeram o consumo decolar em 2007 – juros em queda, prazos maiores e facilidade para se obter crédito – deve estimular também o crescimento do setor supermercadista em 2008 (previsto em até 4,5%). No entanto, o resultado deverá ser menor ao do ano passado.

Segundo a Abras (entidade que representa o segmento), o desempenho dos supermercados no primeiro mês do ano apresentou um crescimento de 8,28% em comparação com o mesmo período de 2007.

A alta é bastante significativa, mas ainda é precipitado traçar uma expectativa acima da registrada no exercício anterior, que foi de 5,92%, com faturamento de R$ 131,4 bilhões. “Como a expansão do ano passado foi muito forte, a tendência é de que em 2008 as vendas apontem um crescimento entre 4% e 4,5%”, diz o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda.

Honda afirma que outros fatores como a alta da renda média e a estabilidade do emprego fizeram com que o setor vivesse os seus melhores dias em 2007.

Ainda assim, a boa performance ainda é considerada baixa na comparação com países do mesmo nível de desenvolvimento.

De acordo com a entidade, em 2006, por exemplo, os números do Brasil foram apenas maiores que os do México – país, segundo especialistas, com características de consumo bastante semelhante.

No País, a região Sul e Sudeste sediam a maior parte das lojas das empresas que lideram o ranking supermercadista brasileiro, portanto as vendas de auto-serviço estão mais concentradas.

Somente a participação de São Paulo no total de vendas do setor é de quase 40%. Entretanto, os estabelecimentos presentes no Sul registraram em 2007 queda de 1,1% nas vendas. Já a região geográfica que compreende os Estados de Mato Grosso do Sul e Goiás e o Distrito Federal continuam apresentando maior expansão nos negócios, com crescimento de 8,9% no ano passado.