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Governistas criticam cartões de Serra
11/02/2008 | 07:33
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Reunidos durante o final de semana em Brasília, petistas adotaram um discurso de ataque ao PSDB para defender o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva das denúncias do mau uso dos cartões corporativos.

Em tom de desafio, petistas afirmaram que o governo do tucano José Serra em São Paulo gasta muito com os cartões e não tem transparência na prestação de contas. No ano passado, o governo paulista gastou R$ 108 milhões por meio de 42.315 cartões usados por cerca de 20 mil servidores.

A crise dos cartões que, ainda no início, provocou a demissão da ministra da Igualdade Social, a petista Matilde Ribeiro, foi um dos pontos discutidos pelo partido na reunião de posse do Diretório Nacional e eleição da Executiva do partido em Brasília. A avaliação dos dirigentes petistas é que o PSDB e o DEM, partidos de oposição, querem montar uma crise e usar politicamente “erros administrativos”, como classificam os petistas, no uso dos cartões para tentar deixar o governo Lula sob uma suspeição permanente.

"O PT deve denunciar a ação demagógica e pseudo-moralista intentada por setores reacionários da vida política nacional que, a todo preço e com evidente má-fé e hipocrisia, procuram transformar esta questão em uma gigantesca crise política que desgaste a imagem do governo do presidente Lula perante a opinião pública”, diz a nota aprovada pelo Diretório Nacional do PT na noite de sábado.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), adotou o discurso estratégico de puxar o PSDB para o foco de atenção sobre o dos cartões sempre que é questionado sobre os gastos do governo de Lula.

“Queremos que tudo seja investigado. Tanto é que estamos fazendo uma CPI. Esperamos que outros governos também proponham uma CPI”, afirmou Berzoini.

Neoliberal - No encontro, o PT também decidiu iniciar uma “contra-ofensiva” ao que chamou de uma tentativa da oposição, em especial do PSDB, de “retomar uma agenda neoliberal” no País. Essa estratégia oposicionista, de acordo com petistas, teve como ponto central e derrubada da emenda que prorrogava a CPMF, o que gerou uma perda de R$ 40 bilhões ao orçamento.

“Devemos assegurar que nenhum corte ocorra nas políticas sociais, nos investimentos do PAC e na necessária adequação do Estado a novos, mais qualificados e mais universalizados serviços públicos”, decidiu o PT.

Os petistas argumentam que o governo propôs um entendimento institucional com os tucanos, mas que a oposição fechou as portas à essa proposta.



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