O crescimento econômico dos Estados Unidos não deve superar 0,4% em ritmo anual no primeiro trimestre, segundo os economistas da Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE), onde cada vez mais especialistas consideram que o país não escapará de uma recessão.

Os 49 analistas consultados pela NABE consideram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano deve ser ainda menor que no quarto trimestre de 2007 (+0,6%), devido aos baixos índices de consumo e à crise imobiliária.

Para o segundo trimestre as projeções de crescimento são de 1,0%, já que o plano de reativação econômica e a queda das taxas de juros devem surtir efeito na segunda metade do ano, com um aumento da atividade de 2,8% em ritmo anual, indica a NABE em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.

O crescimento total não deve superar 1,8% no quarto trimestre, em ritmo anual, ou seja, menos que os 2,6% projetados pelos economistas da NABE em seu estudo anterior, realizado em novembro, e que poderá alcançar 2,9% no ano seguinte, segundo eles.

Mas apesar destes números, cada vez mais economistas da NABE mencionam o perigo de uma contração da atividade econômica.

Atualmente, 45% deles consideram que uma recessão é inevitável antes do final do ano, mas que deverá ser pouco acentuada e de curta duração, segundo a maioria dos pessimistas.

"Apenas uma pequena minoria projeta uma contração profunda e prolongada da atividade econômica", indicou a NABE.

Apesar da diminuição de suas previsões, economistas prevêem uma retomada da inflação em 3% em média anual, contra 2,5% da pesquisa de novembro.

À exceção de energia e alimentação, a inflação de base deve se situar em 2,0%, o extremo superior da faixa (1% a 2%) anunciada oficialmente pela Federal Reserve (Fed).