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Gastos não definem a eleição, dizem partidos
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
01/02/2008 | 08:07
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Os partidos que disputarão a sucessão municipal em Santo André neste ano não acreditam que o poder financeiro será determinante para definir o próximo prefeito da cidade.

Embora ainda não tenham feito previsão de gastos para o pleito de outubro, a maioria avalia que o PT, detentor do governo há mais de uma década, deva ser a legenda com mais recursos para investir.

Entre as cinco siglas que já escolheram o nome para concorrer à Prefeitura, apenas PT e PSDB concorreram a eleição anterior, em 2004. À época, segundo dados dos atuais presidentes destes partidos, os petistas gastaram mais do que tucanos: R$ 1,7 mi contra R$ 1,1 mi.

Neste ano não deve ser diferente. Enquanto o PT dá demonstrações de que dinheiro não será problema – a exemplo da prévia no ano passado, cujos gastos (não-divulgados) renderam críticas do próprio prefeito João Avamileno (PT) –, o PSDB tem a conta penhorada pela Justiça.

Os tucanos foram condenados a pagar, no ano passado, R$ 155 mil a um filiado. Como o partido não tinha o montante, os recursos são confiscados dos cofres do diretório municipal na medida em que são depositados na conta da legenda.

Presidente da sigla no município, José Luiz Cestari minimizou os problemas financeiros. “A única preocupação hoje é com esse filiado, mas o partido está sempre equilibrado. Não teremos o recurso visível em outras candidaturas, mas isso não atrapalhará a nossa campanha. Até porque, a eleição desta vez não dependerá tanto de recursos financeiros como foi no passado”, disse, comentando a proibição estabelecida pela lei eleitoral de distribuição de brindes e realização de shows. “Confiamos mais no conteúdo de propostas do que em dinheiro para gastar.”

Na opinião do presidente do PT, Tiago Nogueira, o fato de os adversários dizerem que o partido terá a maior disponibilidade de recursos “faz parte da guerra política”. No entanto, ele confia que a legenda não terá dificuldades em arrecadar. “Não tivemos problemas de financiamento na eleição de 2004, e acreditamos que não teremos nessa. Mas ainda é cedo para falar deste assunto. Trabalharemos para conseguir ao menos os valores aproximados arrecadados na última eleição”, garantiu.



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