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Morre, aos 66, o artista Rubens Gerchman
30/01/2008 | 07:06
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Rubens Gerchman, um dos artistas da “Nova Figuração” ao lado de Antônio Dias, e cujos trabalhos dialogavam com a realidade política dos anos 1960, morreu ontem, aos 66 anos, às 6h, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de um tipo raro de câncer. Ele seria cremado ontem mesmo em Itapecerica da Serra.

Pintor, desenhista, gravador e escultor, Gerchman tinha 15 anos quando freqüentou seu primeiro curso de arte e 25 ao receber o primeiro grande prêmio, no 16º Salão Nacional de Arte Moderna (1967). Foi com esse prêmio que viajou aos Estados Unidos, onde participou da histórica exposição Nova Objetividade, no MAM do Rio.

Gerchman permaneceu no país até 1972. De volta ao Brasil, realizou filmes experimentais, ajudou a criar a revista de vanguarda Malas Artes (1975-76) e dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1975-79), no Rio.

Suas obras criadas nos anos 1960, francamente marcadas pelas turbulências políticas, refletem a frustração de cidadãos reprimidos pelos atos institucionais do regime militar.

Na década seguinte, a contestação foi trocada por um trabalho mais autobiográfico, repleto de referências familiares e memórias sentimentais da juventude. Finalmente, nos anos 1980, após desenhar azulejos para o restaurante do Sesc Pompéia a convite da arquiteta Lina Bo Bardi (em 1981), Gerchman dedicou-se a uma série de obras de natureza erótica.



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