Oposição quer saber se existe alguma ligação do governo de
Luiz Marinho com falcatrua em licitação em cidade do Paraná
O bloco de oposição ao prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), vai investigar se há ligação da administração petista com o caso de falcatrua em licitação na cidade de Londrina, no Paraná, que utilizou atas de contratos do município do Grande ABC como base.
Líder do PPS - segunda maior bancada no Legislativo, com seis cadeiras -, o deputado estadual Alex Manente quer análise minuciosa sobre a situação. "Amanhã (hoje) vou me reunir com a bancada do PPS (na Câmara) para estudarmos o caso. Se forem constatadas irregularidades pediremos apuração dos meios competentes", garantiu.
O líder da bancada do PPS na Câmara, Julinho Fuzari, disse que ainda não tem detalhes sobre o assunto, porém, pretende utilizar mecanismos do Legislativo para cobrar respostas do prefeito. "Vamos avaliar essa situação, colher as informações necessárias sobre esse caso no Paraná e cobrar respostas do governo", disse.
O popular-socialista também pretende expandir o tema e pautar as discussões da próxima sessão da Câmara nesta quarta-feira. "Esse é um assunto que não pode passar despercebido", completou Julinho.
O lado tucano também engrossou a intenção de apurar o caso, mas com postura cautelosa. "Se o critério utilizado (para fornecimento dos uniformes em São Bernardo) foi ata de preço, deve ser investigado", avaliou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que pediu transparência da gestão Marinho sobre o caso.
O líder da bancada do PSDB no Legislativo são-bernardense, Hiroyuki Minami disse que quer, primeiro, analisar os fatos antes de tomar qualquer atitude. "Vou tomar ciência do caso antes de me posicionar", condicionou o parlamentar.
HISTÓRICO
Investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Promotoria da Defesa do Patrimônio Público do Estado do Paraná mostrou que contrato do governo Marinho para fornecimento de material escolar foi utilizado para fraudar licitação em Londrina.
O Ministério Público local ofereceu denúncia contra 19 pessoas, incluindo secretários municipais, o ex-prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) e o empresário Marcos Divino Ramos, proprietário da companhia Fio Paraná, antiga G8, que forneceu uniformes escolares para a Prefeitura de São Bernardo no ano passado.
Três atas de registros de preços da cidade do Grande ABC foram utilizadas pelo empresário como base em contrato com a Prefeitura de Londrina, prática chamada de ‘carona', para evitar licitação.
O acordo foi considerado ilegal e as fraudes levaram a Polícia Civil paranaense a prender, em 28 de agosto de 2012, Marcos e mais três envolvidos. Em depoimento à Promotoria, o então prefeito de Londrina confessou ter recebido propina.
Atualmente, o governo Marinho tem contrato com a empresa Fio Paraná para fornecimento de material escolar. De acordo com o Portal da Transparência, o Paço depositou no dia 18 R$ 5.917.880,12 milhões na conta da companhia.
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