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Badminton: bronze no Pan dá vida à modalidade
Dérek Bittencourt
Especial para o Diário
05/10/2008 | 07:19
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Durante o Pan-Americano no Rio de Janeiro, em 2007, um esporte rendeu pela primeira vez medalha ao Brasil: o badminton. O bronze da dupla Guilherme Prado e Guilherme Kumasaka deu as boas-vindas a uma modalidade até então pouco conhecida no País.

A partir daí, o interesse no esporte cresceu e sua exposição foi grande. "Depois da medalha no Pan, o esporte deu uma crescida legal", explica o presidente da Febasp (Federação de Badminton do Estado de São Paulo), Manoel Eduardo Galves Gori.

Esse fato ocorreu também no Grande ABC, mais propriamente em Santo André. Desde o ano passado o professor Pedro Luis Vasconcellos ensina o esporte aos estudantes do Educandário Santo Antonio. "Temos 30 alunos. Não é muito porque ainda é uma modalidade paga. Mas quando for colocada nas aulas normais, como o futebol e o vôlei, terá mais gente", aposta o professor.

Em outros locais na região também se pratica, como em São Bernardo. Alguns colégios da cidade aderiram, como o Leonor, o Ábaco e o Neusa Bassetto. "A prática nessas escolas fez com que participassem dos Jogos Escolares deste ano", explica Vasconcellos.

A modalidade parece ser fácil, pelo menos na teoria. Cada jogador fica de um lado da rede e a intenção é fazer a peteca cair na quadra adversária. Munidos de raquetes, os atletas necessitam de certos requisitos.

"Exige flexibilidade, agilidade e, principalmente, concentração", revela Vasconcellos. "É um esporte fácil. Em uma hora de treino já está devolvendo a peteca. Precisa ter força e jeito. Um adulto, por exemplo, se não tiver as técnicas apuradas, mesmo jogando com força contra uma criança, perde", completa Eduardo Gori.

O badminton foi apresentado no Educandário em 2007, numa demonstração de Vasconcellos. O interesse dos alunos foi tamanho, e logo o esporte foi implantado. "A molecada ficou ouriçada, querendo aprender. O primeiro passo é se identificar com o esporte. Aprendeu, gostou, vai embora", conta.

Quem se identificou foi Bianca Berenyi Tarantino, de 15 anos, que além de freqüentar as aulas no colégio, pratica o badminton no clube SBB (São Bernardo Badminton).

"Conheci o esporte quando o Pedro veio dar a demonstração para a gente. Ele me convidou para jogar e com o tempo fui treinar. Pretendo seguir carreira como jogadora", diz a garota, que tem a companhia do irmão Giovanni (8) nos treinamentos. "Parece fácil, mas não é", completa Bianca.

Facilidades e poucas restrições tornam o esporte familiar

Por ser um esporte com poucas restrições (apenas cardíacos não podem praticá-lo), o badminton é alvo de diversão familiar. É assim na casa de Bianca e Giovanni Tarantino. Ambos jogam no Educandário Santo Antonio e na SBB. "É legal, divertido. Um apóia o outro", afirma a garota que, inclusive, disputa campeonatos.

Em sua primeira competição (2007), Bianca ficou em terceiro lugar em duplas mistas, e neste ano, foi vice no simples feminino. Já Giovanni pretende competir em breve. "Jogo faz um ano. Fui treinando e fiquei bom. Agora vou começar a competir para ver se fico melhor", comenta.

Outro caso de família que joga é a de Manoel Gori, presidente da Febasp. Ele, a mulher Cristiane e os filhos, Vinicius (10) e Manoela (7), também praticam o esporte.

Vinicius, aliás, conquistou recentemente dois bronzes no Pan-Americano Juvenil da Guatemala (simples masculino e duplas masculina).




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