Camponeses partidários do presidente Evo Morales seguiam nesta quarta-feira para a cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia, para pressionar os governadores rebeldes a assinar um acordo de pacificação.
"Estamos mobilizados para exigir dos governadores da Meia Lua (as regiões de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca) que cumpram o pré-acordo" firmado na véspera, disse o dirigente sindical da cidade de Oruro Florencio Choque.
A principal exigência dos sindicatos de camponeses é que os governadores e líderes civis dos cinco departamentos rebeldes determinem a desocupação das repartições públicas tomadas pela oposição durante a semana passada, durante violentos protestos que deixaram 19 mortos.
A presença dos camponeses, cerca de 500, levou a prefeitura de Cochabamba a não revelar o local do encontro de Morales com os governadores rebeldes, por razões de segurança.
O pré-acordo, firmado na véspera por Mario Cossío, governador de Tarija, representando os governadores rebeldes, prevê a formação de três comissões para analisar as divergências.
A primeira comissão discutirá um pacto fiscal que solucione o pedido dos departamentos rebeldes para uma melhor distribuição dos royalties sobre o gás e o petróleo, a segunda debaterá as autonomias regionais e a terceira designará representantes para cargos acéfalos no Poder Judiciário.
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