Os clientes do Unibanco AIG não sofrerão qualquer influência diante de uma possível concordata da seguradora AIG (American Internacional Group). A afirmativa vem do diretor-presidente da companhia, José Castro Rudge. "O impacto é zero para o banco ou para a seguradora", afirma.

Rudge aponta que o Unibanco não descarta a hipótese de comprar os ativos da AIG no país. "Estamos atentos às oportunidades e o Unibanco tem o direito de preferência". A aquisição, por sua vez, geraria um reforço no balanço da empresa. "Passaríamos a lucrar o dobro, uma vez que distribuímos dividendos à AIG", indica.

IMUNIDADE - Apesar das especulações em torno de uma contaminação do mercado nacional com a possível concordata da AIG, o executivo garante que a operadora nacional está invulnerável, uma vez que 52% dos ativos estão sob controle do banco nacional. "A operação brasileira é totalmente gerida pelo Unibanco, assim como nunca tivemos impactos positivos, também não teremos impactos negativos." Os 600 mil clientes de previdência 3 milhões de segurados não terão qualquer alteração em seus planos.

NACIONAL - A crise enfrentada no mercado financeiro também não tem afetado as reservas do Unibanco AIG, segundo Rudge. "Nossas aplicações em bolsa são muito limitadas. Temos nosso capital aplicado em títulos públicos", confirma.

No entanto, a associação à uma possível empresa falida gera receios. O executivo acredita que a imagem do Unibanco é sólida no país, mas prefere não comentar o assunto. "Aí é trabalhar com especulação, acho que não posso trabalhar com o futuro."

Atualmente, o Unibanco AIG ocupa o quarto lugar entre as maiores seguradoras do país.