Economia Titulo Empreendimentos
Incertezas levam a revisão de metas de incorporadoras
26/08/2008 | 07:18
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A incerteza em relação às condições de captação de recursos no mercado começa a se refletir em revisão de metas de algumas incorporadoras.

A Inpar reduziu projeções de VGV (Valor Global de Vendas) de lançamentos para 2008 e 2009, e a CR2 Empreendimentos Imobiliários colocou a estimativa de quanto pretende lançar em revisão para baixo.

Assim como outras incorporadoras, as duas companhias esperavam que as condições de crédito do mercado para captação de recursos estariam melhores este ano.

As empresas do setor continuam tendo acesso aos financiamentos bancários destinados à produção, que podem chegar a 80% do custo da obra.

O desafio é obter recursos para capital de giro, usados para os 20% restantes da obra, compra de terrenos e despesas com vendas, segundo o analista da Fator Corretora, Eduardo Silveira.

Para compor o capital de giro, as empresas utilizam recursos do caixa, recebíveis e podem lançar mão de instrumentos como emissão de debêntures.

O problema é que o mercado, que se fechou, inicialmente, para captações acionárias, está bastante restrito também para a emissão de debêntures. Este ano, algumas empresas do setor recorreram a essa modalidade para se financiar, mas a avaliação atual é que o custo de captação por meio desse instrumento de dívida está bastante elevado.

Com as incertezas em relação ao mercado de crédito, a CR2 colocou em revisão para baixo a sua estimativa de lançamentos e deverá definir, este trimestre, uma nova meta de valor geral de vendas para o ano. "Vamos ver quanto será possível captar para financiar novos lançamentos e então traçar a nova meta", diz o diretor de Relações com Investidores da companhia, Rogério Furtado.

Ao estabelecer que lançaria R$ 1,2 bilhão em 2008, a CR2 contava com mercado de crédito mais líquido e mais barato, segundo Furtado.

Em razão da deterioração do mercado de dívida, a Inpar reduziu sua meta de lançamentos para este ano de R$ 2,5 bilhões para R$ 1,65 bilhão, e baixou a estimativa para 2009 de R$ 3 bilhões para R$ 1,85 bilhão, segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Gustavo Felizzola. "Houve uma somatória de redução da liquidez no mercado internacional por causa do problema do subprime, inflação alta e aumento da taxa de juros", afirmou.




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