Política Titulo Contra-ataque
'Eles não têm credibilidade para me acusar de plágio', diz Dias
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
30/08/2008 | 07:20
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O lançamento do PAC de Mauá, do prefeiturável Oswaldo Dias (PT), sexta-feira à noite, serviu de palanque para os petistas rebaterem as críticas da deputada estadual Vanessa Damo (PV) e do candidato a vice-prefeito na chapa governista Paulo Bio (PMDB), de que boa parte das ações do programa tenha sido plagiada.

Das 27 propostas do programa municipal, 17 já estão em avançada fase de discussão ou em obras.

Saindo do habitual tom ameno, Oswaldo respondeu com veemência às acusações, pouco antes do início do evento: "Eles não têm credibilidade para me acusar de plágio. Mas não estou nem um pouco preocupado com o que nossos adversários pensam da gente". O petista completou: "Eles não têm crédito porque não fizeram absolutamente nada para a cidade".

O petista admitiu, no entanto, que não há novidade no PAC de Mauá. " Isso nós começamos lá atrás, em 1996, quando iniciamos nosso governo na cidade. O administrador responsável precisa ter uma visão de futuro e não necessariamento dentro de sua gestão. Nós planejamos essas ações para a cidade já naquela época. O nosso PAC de neste sábado não tem nenhuma idéia nova."

O candidato do PT também reivindicou a paternidade da discussão para a ligação do Trecho Sul a Mauá. "Nós participamos de um movimento naquela época chamado Se Liga Sertãozinho, que propunha que o Rodoanel terminasse em Mauá. E no caso do Poupatempo, houve um ruído político, já que tínhamos até a área durante nosso governo para o local", disse. "Não podemos esquecer que muitos desses projetos dependem de articulação política. Nós nunca dissemos que iríamos construir o Rodoanel ou o Poupatempo em Mauá e sim ajudar a viabilizar."

No palco, ele voltou a atacar os adversários. "Se tem alguém que nós estamos plagiando, é o governo do presidente Lula, já que o PAC foi lançado por ele."

O senador Aloizio Mercadante (PT) também saiu em defesa de Oswaldo. "Não se faz um plano de governo só com proposta nova. Tem projetos antigos que têm de constar no nosso programa porque o governo atual não foi capaz de fazer." Ele ainda falou ao prefeiturável de Mauá: "Oswaldo, após sua vitória, você terá uma embaixada de seu governo no meu gabinete, em Brasília. Vou levar para casa e decorar as ações de seu PAC".

O vereador e candidato a vice-prefeito na chapa de Oswaldo, Paulo Eugênio Pereira Júnior (PT), foi ainda mais duro. "Não estamos plagiando ninguém. Isso já constava no nosso Plano Diretor, em 1998. O Oswaldo pode falar dessas propostas. Quem não pode falar é quem ficou quatro anos e não fez nada em Mauá. Eles estão desesperados."

Ele também rebateu as recentes críticas de Paulo Bio a Oswaldo, que chegou a chamá-lo de "ultrapassado" e disse que ele deveria "voltar para a terra dele". "Ele foi preconceituoso com terceira idade e com pessoas de outras regiões. Nós é que iremos dizer para onde eles vão depois de nossa vitória."

Continuidade - Oswaldo voltou a dizer que irá manter projetos desenvolvidos pelo prefeito Leonel Damo (PV): a feira noturna, o passeio com a terceira idade e o Café Comunitário do Trabalhador. Mesmo assim, não poupou o chefe do Executivo. "Não consigo ver mais nada do que esse governo fez para dar continuidade. Mas não posso dar continuidade à falta de medicamento e de médico."

Também presente no ato, o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), disse que conversou na sexta-feira com Lula, que garantiu que estará no palanque de Oswaldo em setembro. "Ele falou que nos próximos dias irá definir a data que virá a Mauá."




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