Política Titulo Eleições
Lula não quer candidato de S.Paulo à sua sucessão
25/08/2008 | 07:34
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Não foi à toa que a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, disse na sexta-feira que a vaga do partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, é da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Marta já foi avisada pelo presidente de que, ainda que não seja eleita prefeita da capital paulista, dificilmente será candidata à Presidência da República pelo PT.

O motivo, segundo petistas, é que como o provável candidato do PSDB à Presidência será o governador José Serra, não tem sentido o PT disputar a eleição também com um nome paulista. A idéia é lançar um nome de outro Estado, que "una o Brasil". Situação em que, para o presidente, Dilma se encaixa.

A ministra vem sendo preparada para 2010. Sem experiência nos palanques, Dilma vai aproveitar a temporada eleitoral para treinar a retórica política e se aproximar da população.

A estratégia preparada no Palácio do Planalto ganhou reforço nos últimos dias com a contratação do jornalista e escritor Laurez Cerqueira, encarregado de redigir os novos discursos da ministra e pôr tempero social em sua linguagem técnica.

Dilma também foi orientada pelo marqueteiro João Santana, consultor do Planalto e quem assina a campanha de Marta, a traduzir números, dados e tabelas para o cotidiano dos eleitores e a explicar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de forma didática.

A tese de Lula para lançar um candidato à sua sucessão que não seja de São Paulo esbarra no "medo do Nordeste" que São Paulo continue dominando o cenário político.

Outra intenção de Lula para 2010 é fazer de seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, presidente do PT. O presidente já disse a interlocutores que não pretende manter o comando do partido nas mãos de Ricardo Berzoini ou de outro petista próximo ao grupo do ex-ministro-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu.




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