Acabou imbróglio envolvendo o número de assessores dos vereadores em São Bernardo. O presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), afirmou que cada um dos 28 vereadores continuará com 13 assessores em seus gabinetes.

Segundo ele, a proposta de reforma administrativa, protocolada no fim do ano por seu antecessor, Hiroyuki Minami (PSDB), não está mais em pauta.

O projeto idealizado pelo tucano visava aumentar o número de funcionários efetivos na Casa, mas sem reduzir o de comissionados. Desse modo, atenderia orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), de que as Câmaras têm que ter mais servidores contratados por concurso do que por livre provimento.

Na legislatura passada, cada um dos 21 vereadores tinha direito a 13 assessores, cuja folha salarial chegava a R$ 55 mil ao mês por gabinete. Com o aumento de cadeiras, haverá majoração nos gastos com folha, o que pode complicar as finanças da Casa.

Mantido o mesmo número de assessores para os 28 vereadores, a Câmara gastará cerca de R$ 1,540 milhão com a folha salarial dos 364 servidores.

Tião Mateus reafirmou que pretende realizar um concurso para contratação de servidores e, desse modo, atender à orientação do Tribunal de Contas.

"Temos clareza que a Câmara precisa fazer um concurso, até para suprir alguns servidores que foram embora. Pedi para que seja feito um levantamento de qual setor tem mais dificuldade (de pessoas)", disse.

O petista pediu um levantamento da situação financeira da Câmara e por isso ainda não definiu data para o concurso. "Não queremos fazer nada a toque de caixa, vamos trabalhar com tranquilidade. Não adianta fazer o concurso e não ter recurso financeiro", concluiu.