A Metodista/São Bernardo/Besni, equipe do jogador Jaqson, recebeu com surpresa a notícia do corte do atleta da Seleção Brasileira de Handebol por doping. A universidade divulgou nota na qual afirma não ter sido notificada oficialmente pela CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) ou pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

"Não temos informação alguma", afirmou o coordenador-técnico da Metodista, Alberto Rigolo. "No final do último mês, recebi um telefonema do chefe da equipe brasileira, Cássio dos Santos Marques, que é nosso treinador, avisando que o Jaqson estava com um problema familiar e que voltaria para casa, mas não iria se apresentar ao time, e mais nada. Fui surpreendido hoje (ontem) pelo noticiário."

Jaqson defendeu o Imes/São Caetano de 1999 a 2006, quando transferiu-se para a Metodista. "Nunca tive problemas com ele. Sempre foi um atleta exemplar", conta Rigolo, que comandou a Seleção Brasileira no último ciclo olímpico e teve Jaqson como um de seus atletas. "Ele foi um dos destaques da equipe em Atenas", voltou a elogiar.

A substância encontrada no exame de Jaqson não foi divulgada, mas alguns meios de comunicação apontam o uso de maconha. O jogador falou ao jornal Lance! e negou o fato. "Estou com um problema pessoal. Não tem nada a ver com isso. Fiz dois exames antes e nunca apontou nada."

Segundo o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, todos os jogadores foram submetidos a exames. "Colocamos todos os atletas à disposição do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para a realização de exames antidoping, justamente para coibir esse tipo de atitude e, infelizmente, aconteceu esse caso."

Jaqson contestou o dirigente. "O presidente está enganado. Quero ver ele falar isso na minha cara", desafiou.

Para o lugar de Jaqson foi convocado o jogador Alê, do Londrina. O atleta seguiu na noite de segunda-feira para a capital chinesa.