A equipe masculina olímpica de vôlei dos Estados Unidos revelou neste domingo que está "deprimida" pelo assassinato do sogro de seu técnico por um chinês no sábado em Pequim, mas continuará firme na competição e não aumentará as medidas de segurança porque não há motivos para tal.

Em uma nota lida, em uma improvisada entrevista coletiva no Ginásio A Capital, pelo 'manager' geral da equipe, Rob Browning, os jogadores americanos disseram estar "absolutamente deprimidos" pelo que consideraram uma "tragédia difícil de explicar".

"Somos una família e vamos superar este momento como uma família", afirmaram.

O americano Todd Bachman, sogro do técnico neozelandês Hugh McCutcheon, foi apunhalado, enquanto visitava o monumento histórico da Torre do Tambor, segundo o Comitê Olímpico de Estados Unidos. A esposa de Bachman, Barbara, ficou gravemente ferida no ataque e sua vida também está em perigo.

"Eles sabem que estamos ali com eles e suas famílias na medida do possível", assinalou a nota dos jogadores americanos. Sob o comando de McCutcheon, os Estados Unidos derrotaram o Brasil e ganharam a Liga Mundial de Vôlei de 2008 em julho.

Browning explicou que McCutcheon abandonou a equipe para ficar ao lado da esposa. A equipe está sob a direção do assistente Ronald Larsen. "Obviamente não sabe quando e se poderá voltar a dirigir o sexteto. A equipe se aliou a ele e apoiará qualquer decisão que tomar", disse o manager.

Além disso, Browning destacou que "os meninos estão fazendo todo o possível para superar (o assassinato). Têm o crime em mente em todo momento, mas estão prontos para jogar".

Por seu lado, o porta-voz do Comitê Olímpico Americano, Daryl Seibel, declarou que "não está previsto aumentar a segurança" em torno da delegação e não acredita em uma motivação fora do comum no crime.

"Pela informação que recebemos (Bachman) não era um alvo concreto, mas que foi um fato aleatório, mas não vamos falar disso porque é um assunto sobre o qual devem responder as autoridades locais, que o investigam", disse Seibel.