Setecidades Titulo Violência
Grupo de 'emos' volta ao local da agressão
André Vieira
Especial para o Diário
03/08/2008 | 07:38
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Mantendo o ritual de todo sábado, o grupo de emos que foi alvo de violência na semana passada voltou a ocupar as imediações do Shopping ABC, em Santo André. Os jovens eram observados de perto pelos seguranças - aparentemente em maior número, para coibir possíveis cenas de violência - e não se mostravam temerosos sobre um novo ataque.

A assessoria de imprensa do Shopping ABC informou que não houve aumento no número do efetivo da segurança, tampouco foi alterado o sistema de patrulhamento. Ainda assim, homens sem uniforme eram vistos acompanhando os vigias por toda extensão da calçada e se comunicando por meio de rádios.

A percepção de que havia maior concentração de seguranças, e talvez policiais à paisana, tranqüilizou os emos, que não mudaram seu comportamento.

"Vamos continuar fazendo nosso rolê normalmente", disse um garoto que acendia um pedaço de carvão para fumar narguile no começo da noite.

O presidente da ONG (Organização Não-Governamental) ABCD'S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), que recebeu denúncia dos jovens agredidos e encaminhou representação para a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), permaneceu por algumas horas no local e conversou com o grupo.

Um dos jovens disse que foi orientado pela entidade a continuar freqüentando o local, evitar provocações dos grupos hostis e não consumir bebidas alcoólicas nas imediações. O grupo é formado predominantemente por menores de idade.

Por volta das 17h, um dos garotos agredidos na semana passada conversava com o presidente da ABCD'S quando um pequeno grupo de emos passou. "Vai ficar até tarde? Tome cuidado", pediu uma garota.

Até as 18h30, um jovem disse não ter verificado a presença de nenhum dos agressores da semana passada. Ainda assim, garotos com a descrição dada pelas vítimas podiam ser vistos andando juntos. Em especial, um quarteto espreitava o grupo de emos, primeiro na porta do shopping, depois na calçada, próximo da passarela por sobre a Avenida Pereira Barreto, que dá acesso ao ponto de ônibus onde a violência foi consumada.




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