Economia Titulo Alta nos preços
Preço do aço já subiu 50% no ano e pode sofrer novo reajuste
18/07/2008 | 07:49
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Depois de três reajustes no preço do aço neste ano, que já somaram cerca de 50% de correção, ainda há espaço para uma quarta rodada de aumentos no mercado brasileiro. A previsão para o novo reajuste, que deverá ocorrer entre outubro e novembro, é do Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço).

Para a entidade, os aumentos devem se concentrar nas chapas grossas e nos laminados a quente, usados em máquinas e equipamentos, que ainda estão com os preços abaixo do material importado.

Conforme o presidente da Inda, Christiano da Cunha Freire, a chapa grossa ainda pode ser reajustada em mais de 5%, enquanto as bobinas a quente podem subir 15%. "Tecnicamente, há espaço para o aumento, porque os preços no mercado internacional seguem elevados", diz.

As siderúrgicas brasileiras, dessa forma, ficam protegidas de eventuais importações do produto, uma vez que o material importado não é competitivo. "O preço está alto em relação ao passado, mas ainda está barato se comparado ao mercado externo", afirma Freire.

Segundo ele, caso as usinas não aumentem os preços, é possível que os distribuidores passem a comprar aço no Brasil para vender no exterior. "Mas o mercado tende a se equilibrar para que isso não aconteça", comenta.

A forte demanda no mercado interno contribui para esse cenário. As vendas de aços planos do setor de distribuição devem bater um recorde em junho, com 370 mil toneladas, o que representa a alta de 17% em relação ao primeiro mês do ano e a alta de 46% em relação a junho de 2007.

Freire destacou que a nova alta dependerá da manutenção dos preços elevados no mercado externo. Até o momento, o aço continua em escalada no exterior. Desde janeiro, em média, os preços dos produtos siderúrgicos no exterior subiram mais de 70%, segundo o Inda.

O crescimento da indústria naval e investimentos em óleo e gás são os principais responsáveis pelo aumento da chapa grossa. "Muitos projetos estão saindo do papel devido ao alto preço do petróleo."




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