Os sete candidatos petistas às prefeituras do Grande ABC apostam que o partido comandará pelo menos cinco cidades a partir de janeiro do próximo ano. Precavidos, apesar da ‘certeza', os prefeituráveis preferiram não revelar o nome dos municípios que ficariam com legendas adversárias.

As declarações otimistas foram dadas durante evento em que os prefeituráveis receberam carta de propostas de políticas regionais elaborada por diversos sindicatos do Grande ABC - entre eles metalúrgicos, químicos, bancários e de servidores públicos. Para os pleiteantes do PT ao cargo de chefe do Executivo na região, a aproximação com as organizações sindicais dá ao partido força durante as campanhas eleitorais. "Todo apoio facilita. É motivo de alegria receber esta contribuição dos sindicatos", afirmou o ex-ministro do Trabalho e da Previdência e candidato à Prefeitura de São Bernardo, Luiz Marinho.

O ato, tradicional em anos de eleições, lotou o salão da Casa de Portugal, em Santo André , e contou com a presença dos deputados federais José Genuíno e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.

Em discursos breves, os candidatos da legenda aproveitaram para assumir compromisso com os sindicatos e atender as principais reivindicações, caso sejam eleitos. A criação de políticas regionais foi bastante lembrada.

"A questão regional é muito importante. Temos de aproveitar o Consórcio Intermunicipal para discutir problemas que afetam todo o Grande ABC", afirmou Jayme Tortorello, candidato ao Executivo em São Caetano. Como exemplo ele citou a Saúde. "Não podemos eliminar a dengue em São Caetano sem nos preocupar com outros municípios, porque o mosquito atravessa fronteiras."

"O Grande ABC é como se fosse uma cidade só. Temos de lutar pela integração de toda a região pensando em questões como sistema viário, transporte e saúde", completou Mário Nunes, que concorre a prefeito em Ribeirão Pires.

A cada fim de discurso, os candidatos aproveitaram para pedir apoio dos presentes - militantes - e alfinetar as atuais gestões. As exceções ficaram por conta de Santo André e Diadema, que são administradas pelo PT.