O filho do presidente Lula, Marcos Cláudio Lula da Silva (PT), não é o único que corre o risco de ter a candidatura contestada pela Justiça Eleitoral de São Bernardo. O MPE (Ministério Público Eleitoral) pediu a impugnação de outros sete pleiteantes às cadeiras do Legislativo e Executivo (veja arte abaixo). Na lista estão o ex-secretário de Educação Admir Ferro (PSDB) e o vice da chapa tucana, Edinho Montemor (PSB).

A juíza Vera Lúcia de Toledo baseou-se em condenações do socialista de 2001 – referente ao parcelamento de solo –, alegando “falta de conduta ética”. As ações, porém, transitam em julgado, fato que tranqüiliza Edinho. “Estou tranqüilo porque os dois casos ao qual o MP se refere são ações em grau de recurso, mas já prescritas porque não existe condenação”, justificou o candidato.

Embora considere a contestação do ministério “exorbitante”, Edinho afirmou que já esperava o posicionamento. “O MP está extrapolando, não tem sentido pedir impugnação de um caso que não existe. Mas já apresentei minha defesa e manterei a candidatura”, resume.

No caso de Admir, a juíza se apegou à condenação de 2005, quando o candidato foi obrigado a ressarcir os cofres públicos no valor três vezes superior à multa de R$ 48.111,80 devido à entrega por malote de cartões de Natal.

Embora o MP ressalte que a ação se refere à improbidade administrativa, o ex-funcionário do primeiro escalão contesta. “Há um equívoco. Não fui condenado por improbidade administrativa, só a ressarcir a administração e é isso que provarei.” A ação também está transitada em julgado.