Política Titulo Eleições
PT de Rio Grande da Serra troca a vice
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
15/07/2008 | 08:59
Compartilhar notícia


Em mais um capítulo de uma novela política repleta de discussões internas e reviravoltas, o PT de Rio Grande da Serra anunciou na tarde de segunda-feira a professora Regina Gato, 60 anos, como nova candidata a vice na chapa de Carlos Augusto César, o Cafu. Durante coletiva de imprensa realizada no diretório municipal da sigla, a ex-candidata a vice e enfermeira Magali Aparecida de Souza oficializou sua renúncia (veja arte ao lado).

No último domingo, o cartório eleitoral da cidade constatou que ela não teria condições de se candidatar, já que seu nome não constava na lista do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de filiados do Partido dos Trabalhadores. Segundo a legislação, quem pretende concorrer a um cargo eletivo deve se filiar a uma agremiação partidária até um ano antes da eleição.

Apesar de garantir que Magali é filiada, os petistas preferiram evitar embates jurídicos que poderiam prejudicar o andamento da campanha de Cafu. Optou por uma rápida substituição e escolheu Regina.

"É com muita tristeza que venho comunicar a vocês minha desistência. Em momento nenhum quero prejudicar o partido. Vou participar da campanha durante todo o tempo, vou estar ao lado do Cafu e estou saindo sem mágoa nenhuma", afirmou a enfermeira.

A ex-candidata parabenizou e abraçou sua substituta, que não escondeu a satisfação por ter sido escolhida. "Foi uma honra esse convite. Estamos aqui para trabalhar pela unidade", afirmou Regina.

Ativista de organizações populares e do movimento feminista, ela nasceu em Paula Cândido, município de Minas Gerais, e chegou a Rio Grande da Serra aos 18 anos. Em 1982, concorreu ao Legislativo e obteve 102 votos. Militante histórica do PT, Regina também se destacou em comunidades eclesiais de base da igreja católica.

Unidade - Se depender da vontade de Cafu e dos caciques petistas que estiveram na coletiva, a fase de troca de farpas entre as lideranças do partido acabou. "Desde o primeiro momento em que nós começamos a montar um projeto de retomada do governo de Rio Grande, procuramos, com muita tranqüilidade, elaborar um projeto em que a gente conseguisse trazer a unidade partidária. Acho que conseguimos construir isso gradativamente", ressaltou Cafu.

Ele garantiu ainda que, em um encontro na semana passada, selou a paz com seu maior adversário político do PT, o ex-prefeito Ramon Velasquez, que não compareceu à coletiva. "Ele vai participar da campanha, mas sabe qual é o papel que tem. Não dá para colar a imagem dele na minha, pelo desgaste que ele tem com a população. Ele sabe disso, mas tem papel importante em alguns segmentos, como o evangélico."

Ainda conforme Cafu, o PT pretende impetrar nesta quarta-feira um pedido de cassação da candidatura do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). O petista não quis dar detalhes sobre a justificativa do pedido.

No início deste mês, Kiko garantiu, por meio de liminar, o direito de concorrer. A candidatura do tucano estava ameaçada pelo fato de o Tribunal de Contas do Estado ter rejeitado as contas dele em 2003 e 2004, quando presidiu a Câmara Municipal.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;