Em campanha pelo bairro Paulicéia, o prefeiturável governista de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), defendeu quarta-feira a integração do transporte público da cidade. "Teríamos um terminal no Riacho Grande e outro no Grande Alvarenga, onde as pessoas desceriam de um ônibus e entrariam em outro sem pagar outra passagem", disse.

Embora a proposta lembre o Bilhete Único, implementado em 2004 em São Paulo pela então prefeita Marta Suplicy (PT) e tema de campanha de Alex Manente (PPS) e Luiz Marinho (PT) na corrida pela Prefeitura de São Bernardo, o tucano afirmou não ter sido seduzido pelo modelo petista.

A justificativa de Orlando Morando são os custos da implementação do sistema do Bilhete Único. O temor é que a subvenção prejudique as finanças da Prefeitura. "O Bilhete Único é uma peça que se explora muito sob o ponto de vista do marketing", afirmou o tucano.

No entanto, o candidato pretende, se eleito, analisar a viabilidade do projeto com os moradores. "Isso tem de ser amplamente discutido com a sociedade em audiências públicas para saber se a cidade está disposta a tirar recursos do bolso para subsidiar", disse.

Morando é reticente ao falar sobre a adoção do sistema - que permite quatro viagens em até duas horas nos ônibus municipais pagando apenas uma passagem e com descontos na integração com Metrô e trem. "Não adotaria o mesmo Bilhete Único de São Paulo. Não sei se o modelo de lá é compatível com São Bernardo. Aqui, acredito ser possível uma integração do transporte."

Na região, Diadema aprovou recentemente uma proposta similar ao Bilhete Único paulistano.