A provável ausência de Marcelinho Carioca diante do Vila Nova-GO, às 20h30 de sexta-feira, no Serra Dourada, em Goiânia, pela Série B do Brasileiro, é um dos problemas de Sérgio Soares no Santo André.

Depois do coletivo de quarta-feira, o técnico disse que considera importante a permanência de um talento do nível do meia, mas a palavra final será do médico Eduardo Souza, que irá reavaliá-lo na manhã desta quinta-feira na Clínica de Ortopedia Especializada do Shopping ABC.

"O Marcelinho não sente nenhuma contusão. O caso dele não passa de uma estafa muscular. O quadro clínico acusa uma espécie de cansaço para quem já completou 12 jogos consecutivos - dez na atual Série B e mais dois na decisiva da Série A-2 do Paulista", esclarece o médico, ao deixar bem claro que a única preocupação é a de preservá-lo de maiores desgastes. "Nos últimos quatro anos, o Marcelo nunca havia completado essa marca. É um sinal de que o nosso trabalho específico ao atleta deus bons resultados", explica Souza.

Mesmo assim, Sérgio Soares torce para que Marcelinho Carioca siga um pouco mais na equipe antes de tirá-lo temporariamente de cena. "Nosso momento é de perseguição ao G-4 (o grupo dos quatro melhores). Seria fundamental explorar a experiência dele", afirma.

Além de Marcelinho Carioca, quem virou interrogação é o centroavante Márcio Mixirica, que procura reagir psicologicamente à morte do pai, ocorrida sábado. O matador participou do coletivo de quarta-feira à tarde, no Bruno Daniel, mas a dúvida permanece. "A vida continua. Se depender de mim, vou à luta lá em Goiânia", comentou o artilheiro, compreensivelmente chateado. "Vamos conversar mais calmamente durante a viagem e na concentração", acrescentou Sérgio Soares.

Se o departamento médico não liberar Marcelinho - e Márcio Mixirica não puder atuar - três atacantes vão disputar duas vagas: Elton Brandão, Osny e Antônio Flávio.

Um desfalque certo é o segundo volante Willians, expulso no empate contra o Corinthians. Juninho e Lello brigam pela vaga no setor. "São características diferentes. O Juninho é de combater e de ligar o meio à frente. Já o Lello se impõe como poucos na marcação. É uma das opções interessantes que analiso", revela Sérgio Soares, que às 16h desta quinta-feira orienta um rápido coletivo-apronto no Serrinha, o sofisticado Centro de Treinamento do Goiás. "É um dos maiores do gênero no País. Lá, existe um total de 12 campos. Eles mantêm uma estrutura incomparável", elogia o diretor-geral do Santo André, Sérgio do Prado. A delegação embarca às 11h40 desta quinta-feira direto para Goiânia.