O principal trauma da campanha petista em 2004 - a exposição ‘Túnel do Tempo' - foi lembrado na sexta-feira durante caminhada do candidato a prefeito de Mauá, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), na Avenida Barão de Mauá.

Na ocasião, o evento, realizado pela Prefeitura, resultou na cassação do registro da candidatura do petista Márcio Chaves - que era vice-prefeito - a poucos dias do segundo turno, sob acusação de uso da máquina pública. Petistas chegaram a atribuir o revés ao então prefeito e atual candidato Oswaldo Dias, que teria se negado a cancelar a exposição.

A lembrança do ato desastroso coube na sexta-feira ao candidato a vice-prefeito de Chiquinho, Paulo Bio (PMDB), que há quatro anos era aliado de Márcio Chaves.

O peemedebista falou ao ator amador Marcos Augusto Ferreira - que disse ser eleitor do PT - sobre o posicionamento de Oswaldo naquele episódio. "Ele poderia ter cancelado a exposição, mas não ouviu a gente na época. E agora vem falar que quer fazer justiça ao Márcio, mas não abre mão de ser o candidato", provocou Bio. O eleitor esboçou um sinal de concordância com o candidato a vice-prefeito.

Chiquinho - que andou cerca de 1,5 quilômetro em cerca de duas horas - também teve de dizer ao eleitor abordado quais seriam suas propostas na área de cultura e de transporte público. "Vamos fazer mais pelo teatro amador. Trabalharemos também para que os ônibus cumpram os horários programados", disse, sem dar mais detalhes.

Fase de respostas - Chiquinho, o único prefeiturável de Mauá a cumprir agenda de rua todos os dias desde domingo, disse que a primeira semana de campanha foi "positiva". "Sempre disse que vai ganhar a eleição quem tiver disposição de andar. Independentemente de elogio ou crítica, é importante estar na rua para ouvir o que o eleitor tem a dizer sobre a cidade. Precisa enfrentar esse debate", afirmou.

O socialista admitiu que, no início, o corpo a corpo serve mais para a fixação da imagem do candidato, mas afirmou que, a partir da próxima semana, já trará propostas do plano de governo para as ruas. "A gente sentiu que a população quer saber o que vamos fazer. Não tenho dúvida que o plano de governo também irá definir quem será o prefeito de Mauá."