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Greve dos Correios chega ao 11º dia com 84 milhões de cartas atrasadas

A categoria se reúne hoje para discutir propostas do TST e definir rumo da greve em SP e no Grande ABC

Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
11/07/2008 | 07:50
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A greve dos funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) chega nesta sexta-feira ao 11º dia sem que sindicato e empresa tenham chegado a um consenso. Com isso, 84 milhões de cartas e 360 mil encomendas estão com as entregas atrasadas em todo o País, devido à adesão de 30% dos carteiros em 21 estados e no Distrito Federal, segundo informações dos Correios.

De acordo com o diretor de Política Sindical da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Geraldo Rodrigues, a comissão da federação teve na quinta-feira uma reunião com a ECT, mas sem avanço nas negociações.

A proposta apresentada pela ECT foi intermediada pelo ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Rider Nogueira de Brito, e oferece o pagamento dos 30% do abono que vinha sendo pago por mais dois meses (julho e agosto) e suspende o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários). A intenção do TST é de que o texto seja discutido entre a comissão da ECT e da Fentect, com o acompanhamento do ministro Brito, até o final de agosto. Representantes da Fentect debatem internamente o que foi apresentado pela empresa durante a tarde.

“A gente vai discutir hoje em cima dessa proposta, apesar de que não é uma proposta boa para os trabalhadores. Mas nós vamos discutir com todos os sindicatos parados e pelo menos passar a proposta que o ministro está intermediando”, afirmou Rodrigues, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o diretor de imprensa da Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos de São Paulo e Grande São Paulo), Anderson Lima de Morais, será realizada uma assembléia nesta sexta, na Praça da Sé, para que a categoria possa discutir as propostas do ministro e decidir os rumos da paralisação. De acordo com o sindicato, nesta sexta-feira cerca de 75% dos funcionários de São Paulo e do Grande ABC ainda estão com as atividades paralisadas.

Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira, a direção dos Correios afirma que a empresa tem cumprido com todas as suas promessas e obrigações e pede desculpas a toda à sociedade pelos transtornos causados com a paralisação.

“Os injustiçados nessa história são os milhões de brasileiros que, neste momento, vêem seu dia-a-dia tumultuado por um movimento artificial, abusivo e injustificado, que serve apenas a interesses menores daqueles que querem promover-se e confrontar o governo”, ressalta o comunicado.




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