A ameaça de explosão de uma bomba no Centro de Treinamento Rei Pelé, na manhã de quinta-feira, assustou o Santos e movimentou a polícia da cidade. Um artefato semelhante a três bananas de dinamite, amarradas com fios elétricos e com um objeto em cima, foi colocado junto à entrada do setor de imprensa, na Avenida Rangel Pestana.

A polícia recebeu telefonema anônimo, às 8h, dando conta da ameaça, e minutos depois isolou o local até a chegada da equipe do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que destruiu a suposta bomba.

"Foi uma brincadeira de mau gosto. Usamos o procedimento do jato d'água com areia para destruir o objeto", explicou o capitão Flávio Brito, da Polícia Militar.

"Felizmente ficou constatado que eram apenas três cilindros de PVC cheios de pedras, com uma bateria simulando o detonador", contou.

Não foi confirmada relação entre a brincadeira e a má fase vivida pelo Santos, situado na zona de rebaixamento do Brasileiro, com sete pontos.

O certo é que a crise no Peixe, que está há oito jogos sem vencer, já produziu uma vítima: o atacante Kléber Pereira. Perseguido pela torcida, o artilheiro santista na temporada - são 22 gols em 35 jogos - está sem marcar há oito partidas. Ele também foi criticado pelo goleiro Fábio Costa, no lance do gol do Grêmio no empate de quarta-feira, e parece ter esgotado a paciência do técnico Cuca, que o ameaça com o banco de reservas.

Em má fase, o atacante de 32 anos - faz 33 em agosto - já não é mais unanimidade na Vila Belmiro.

Cuca já admitiu que pode deixá-lo no banco na próxima rodada do Brasileiro, domingo, contra o Botafogo, na Vila Belmiro. "Kléber Pereira é um jogador como o Lima e vamos avaliar até domingo para ver quem vai jogar. Tanto pode ser Lima como Kléber ou até os dois", explicou o treinador.

O último gol de Kléber Pereira foi na vitória por 1 a 0 sobre o América (México), no dia 25 de maio, na Vila Belmiro, pela Libertadores.