Economia Titulo Veículos
Região vende 11,87% mais carros em junho
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
03/07/2008 | 07:11
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As concessionárias do Grande ABC venderam em junho 6.454 automóveis e comerciais leves, aumento de 11,87% em relação a maio. O desempenho foi superior ao da média nacional, cujo crescimento, no mesmo período, foi de 5,62%, com vendas de 242.880 unidades.

Entre janeiro e junho foram emplacados na região 33.649 veículos leves, o que significa elevação de 26,46% na comparação com o primeiro semestre de 2007. No mesmo período, foram emplacados no País 1,34 milhão, incremento de 30,16%, ou seja, diferença de 3,7 pontos percentuais em relação ao Grande ABC. O volume comercializado no semestre é recorde na região e no Brasil, segundo a Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veiculos Automotores).

Os números da Fenabrave indicam que as vendas na região acompanharam o crescimento verificado no Brasil, porém em um ritmo menor no início do ano, e mais intenso à medida que os meses foram passando.

Os concessionários atribuem esse desempenho aos lançamentos realizados no primeiro semestre. Na avaliação das empresas, muitos consumidores deixam para comprar um veículo somente depois que a novidade é colocada no mercado.

"Nós tivemos o lançamento do Ford Ka. Muita gente fez pedido, mas como não havia o produto para pronta entrega o licenciamento não era feito. Conforme as entregas começaram a ser feitas, os índices regionais também apresentaram melhora", disse o supervisor de vendas da Ford Mix, de São Caetano, Alfredo Rocha dos Santos.

O gerente de vendas da Vigorito, revenda Chevrolet de Santo André, Wagner Rodrigues, concorda que esse descompasso tem influência no resultado, mas acredita que não é a única razão.

"Um pedido feito em março e entregue em abril gera uma distorção nos números, mas acho que há outras variáveis, como o nível de endividamento das pessoas no início do ano, promoções, número de dias em cada período. É difícil chegar a uma conclusão. O certo é que o desempenho das vendas melhora a cada mês", comentou Rodrigues.

Compra de automóvel novo rende economia de R$ 448

Motivado pela facilidade de crédito e juros baixos, o promotor de vendas José Roberto Ribas Júnior, de Santo André, desistiu de comprar um carro seminovo e adquiriu um zero quilômetro no mês passado. Ele se deu bem com a escolha, pois o preço final a prazo ficou R$ 448 mais barato.

Júnior comenta que pesquisou muito antes de fechar o negócio. Analisou preços em diversos lugares e descobriu uma revenda que, na época, estava com uma promoção que ele considerou atraente.

"Com o dinheiro que eu ia gastar para comprar um carro básico, consegui levar para casa um veículo um pouco mais equipado, com desembaçador traseiro, vidros elétricos, backlight e motor bicombustível", comentou.

O promotor de vendas disse que uma loja ofereceu a ele um Corsa básico, ano 2008, por R$ 46 mil (R$ 10 mil de entrada e 60 prestações de R$ 600), mas ele recusou por achar o valor elevado por um veículo seminovo.

"No fim, comprei um Fiesta novinho. O preço à vista era R$ 30.200, mas eu optei pela compra a prazo. Vou pagar 48 parcelas de R$ 949, sem entrada, que no fim das contas ficará em R$ 45.552, um pouco menos do que eu pagaria pelo seminovo", contou.

Além da taxa de juros menor do que a aplicada para compra de carros seminovos e usados, Júnior elogiou a facilidade para contratar o financiamento, com a simplificação das exigências.

"Não pediram muita coisa. Apenas documentos pessoais, comprovante de renda e verificaram se meu nome estava limpo. Demorei meia hora para concluir a compra."

Mercado de motos também fecha o mês com marca histórica

As vendas de motos no Brasil atingiram, no mês passado, um novo recorde histórico, com a comercialização de 174,96 mil unidades.

O resultado superou a marca de abril passado, quando foram vendidos 173,87 mil veículos, e foi o principal destaque por segmentos nos dados relativos a junho divulgados ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

O mês passado também se tornou a segunda melhor marca da história da indústria automotiva nacional, com a venda total de 431,045 mil unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. A liderança permanece com abril de 2008, quando foram vendidas 435,161 mil unidades.

O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, lembra que o segmento de motos tem sido impulsionado pelas compras de uma população de menor renda.

"Não é à toa que as fabricantes estrangeiras, incluindo empresas que firmaram parcerias com grupos brasileiros, estejam ampliando participação no mercado", afirma. Com isso, a expectativa é de que a participação de mercado da líder Honda, hoje acima dos 70%, apresente redução.

VEÍCULOS PESADOS - Em junho, foram vendidos 10.815 caminhões contra 9.909 em maio, incremento de 9,14%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado a elevação foi de 35,61%. No acumulado do ano, as vendas saltaram de 44.486, em 2007, para 57.766 (+ 29,85%).

No caso dos ônibus, o crescimento semestral foi de 16,87%, para 11.590 unidades.




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