Um início vacilante, seguido por uma longa invencibilidade e a liderança do Brasileiro. Parte do roteiro do torneio de 2007 começa a se repetir com o São Paulo. Hoje, contra o Ipatinga, às 18h10, no Morumbi, a equipe defende a maior seqüência invicta da competição - são sete jogos sem perder -, depois de um começo duvidoso. Sem perder há 45 dias, é a hora de apostar na subida rumo ao topo da tabela.

"O grande problema foi que o início do Brasileiro coincidiu com as finais da Libertadores. Veio a desclassificação, a dificuldade com o lado psicológico e a demora para recuperar o time. Nas últimas duas vezes aconteceu isso", lembra Muricy Ramalho, justificando os momentos difíceis no início do torneio em ambos os anos. "Mas acho que, agora, já estamos no caminho da regularidade. O time mostra isso."

Em 2007, o São Paulo conseguiu uma seqüência de 16 jogos sem perder, que durou
de julho a outubro. Do primeiro resultado positivo - vitória contra o Cruzeiro, por 2 a 1, no Mineirão - à liderança do Brasileirão, foram apenas cinco rodadas. Neste ano, o time sofreu apenas um revés, contra o Grêmio (1 a 0), na estréia, no Morumbi. Mas, tirando a derrota para os gaúchos, fez bons duelos no confronto direto com os primeiros colocados - venceu o Flamengo e empatou com o Cruzeiro.

"Esse é um momento bom para nós", admite o zagueiro Miranda. "Claro que são situações diferentes, o campeonato este ano é mais equilibrado, mas a qualquer hora podemos arrancar, subir e não sair mais do topo."

A vitória contra o Ipatinga é considerada essencial para as pretensões da equipe. Além de a partida ser em casa, é a última antes do início das rodadas de meio de semana. A partir daí, Muricy prevê problemas com contusões e suspensões.

"Começa aquele viaja-dorme-joga. Vamos perder jogadores e isso é muito ruim para um time como o São Paulo, que não tem craques e depende do entrosamento."

É possível que a primeira baixa são-paulina já seja sentida hoje no Morumbi: o zagueiro André Dias sentiu uma lesão muscular na coxa direita e é dúvida.