A diretoria do Corinthians já tem uma resposta para explicar por que se desfez de 10% dos direitos econômicos do atacante Jô há dois meses, levando um prejuízo de R$ 3,2 milhões na transferência do jogador do CSKA, da Rússia, para o Manchester City, da Inglaterra: a transação milionária, num valor equivalente a cerca de R$ 58 milhões, foi parcelada em quatro anos - com vencimentos anuais.

O Corinthians negociou em 23 de maio os 10% por R$ 2 milhões com o empresário Giuliano Bertolucci. Este ganhará R$ 5,2 milhões - a conta é sobre o valor líquido que o CSKA receberá, de R$ 52,2 milhões. Só que também será parcelado, o que não serviria ao endividado clube paulista, que preferiu receber de Bertolucci um valor menor, mas à vista. O Corinthians terá direito ainda a cerca de R$ 1,8 milhão, por ser o clube formador de Jô.

"Não poderíamos esperar cinco minutos, imagina quatro anos. Temos dívidas para honrar", disse o vice-presidente financeiro, Raul Corrêa e Silva.