A Secretaria de Desenvolvimento do Estado, em parceria com o Sebrae e o BID, lançou o programa
A Secretaria de Desenvolvimento do Estado, em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), lançou na última quarta-feira o Programa de Melhoria de Competitividade das micro e pequenas empresas localizadas em APLs (Arranjos Produtivos Locais).
A iniciativa, que tem ainda o apoio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), vai destinar US$ 20 milhões nos próximos 30 meses para ações de fortalecimento de 15 APLs, entre os quais o de móveis da Região Metropolitana de São Paulo, que reúne 56 fabricantes (28 dos sete municípios) e o de Plástico do Grande ABC (que congrega 51 empresas).
Os APLs são conjuntos de micro e pequenas de um mesmo segmento localizadas em uma mesma região, que mantêm vínculos de articulação e cooperação e que interagem com outras entidades, como associações empresariais, instituições de ensino e órgãos de governo.
Parte dos recursos virá de empréstimo obtido pelo governo estadual junto ao BID (US$ 10 milhões) e os outros 50% sairão do Sebrae (US$ 5 milhões do Sebrae Nacional e US$ 5 milhões do Sebrae-SP). O programa será desenvolvido de forma global (não há definição do volume de recursos para cada APL) pelas instituições participantes.
O gerente da unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae-SP, Joaquim Xavier, ressalta que as ações de melhoria da competitividade das pequenas empresas não vão partir do zero, já que há cinco anos a instituição realiza um trabalho de apoio a arranjos produtivos no Estado.
"Mas agora deve dar uma turbinada, os recursos deverão ser direcionados para atividades como capacitação, inovação tecnológica e ações de mercado", afirmou.
A escolha dos segmentos contemplados seguiu critérios como o estágio em que se encontram no âmbito da cooperação entre as empresas e de articulação com outras instituições, segundo o coordenador de Desenvolvimento Regional e Territorial da secretaria estadual, José Luiz Ricca.
"Mas não significa que outros arranjos não possam ser contemplados. Esse vai ser um projeto piloto", disse. "Acendemos o estopim. O que falta é iniciativa do empresariado, que precisa se entender e estabelecer seus interesses comuns", afirmou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman.
LEVANTAMENTO - O passo inicial do programa será a contratação de uma consultoria internacional para realizar um levantamento das ações que as pequenas indústrias consideram prioritárias para o aumento da competitividade.
Para o coordenador do APL do Plástico do Grande ABC, Joelton Santos, os recursos podem vir, por exemplo, para a criação de um centro tecnológico ou para o apoio às missões empresariais do setor.
No caso do APL de mobiliário, o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de São Bernardo e Região, Hermes Soncini, avalia que a iniciativa pode dar um incremento no desenvolvimento de design para os produtos da região.
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