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Petróleo bate novo recorde ao fechar acima dos US$ 140

O preço do barril do 'ouro negro' chegou a atingir US$ 142,93 em NY e US$ 142,91 em Londres

Da AFP
27/06/2008 | 07:58
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Depois de quase alcançar os US$ 143 durante a sessão, os preços do petróleo fecharam pela primeira vez acima dos US$ 140 nesta sexta-feira, tanto em Nova York como em Londres, afetando as bolsas mundiais, que temem o impacto da energia sobre a inflação e o crescimento.

Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em agosto terminou em alta de 57 centavos em relação a quinta-feira, cotado a US$ 140,21, um recorde de fechamento.

E Londres, o barril do tipo Brent do mar do Norte para entrega em agosto ganhou 48 centavos, encerrando a US$ 140,31 - também um recorde de fechamento.

Pelo segundo dia consecutivo, a cotação do ouro negro deixou barreiras para trás. Depois de alcançar os 100 dólares no início do ano, o preço do barril alcançou nesta sexta-feira US$ 142,99 em Nova York e US$ 142,97 em Londres.

Ao longo da semana, o aumento total foi de cerca de 6 dólares.

Segundo o presidente da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo), Chakib Khelil, os preços podem alcançar entre US$ 150 e US$ 170 dólares ainda neste verão (no hemisfério Norte).

"A contínua desvalorização do dólar e a chegada de dinheiro fresco aos mercados petroleiros vindo das bolsas têm origem nos recordes registrados hoje", explicou John Kilduff, analista da MF Global.

A moeda americana, usada para cotar o petróleo, continuou caindo em relação ao euro, incentivando investidores fora da zona do dólar a investir no ouro negro.

"É difícil prever o fim desta bolha", ressaltou Phil Flynn, analista da Alaron Trading. "Muitos investidores desertaram das bolsas para investir no petróleo".

Assim como na quinta-feira, a maioria das bolsas mundiais sofreu nesta sexta-feira: a disparada dos preços do petróleo afeta os lucros das empresas para as quais o transporte é vital, além de obrigar as famílias a reduzir seus gastos.




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