O tabuleiro das eleições majoritárias de São Bernardo estará completo dentro um mês. Os três principais partidos a oficializarem as candidaturas próprias - PSDB, PT e PPS - são unânimes ao afirmar que a escolha do vice é estratégica e será revelada somente nas convenções, em junho.

O grupo governista não quer correr o risco de antecipar novamente a decisão. A tática de lançar a chapa um ano antes das eleições custou caro ao bloco, que, no início do ano, assistiu à ruptura da composição Maurício Soares (PSB)-Orlando Morando (PSDB). O tucano tornou-se prefeiturável e agora conta com o apoio do PSB para a indicação do vice.

Depois do trauma da separação, Morando discursa com cautela sobre o próximo companheiro de chapa. "Não há necessidade afoita de anunciar o vice. A escolha será feita ao lado do prefeito (William Dib-PSB) porque ele tem o controle da legenda. O anúncio próximo da convenção dá margem para compor com mais partidos e avaliar pesquisas", pondera.

A terceira via, comandada por Otávio Manente e o filho, Alex Manente, tem o mesmo posicionamento. "Não definimos nem o candidato a prefeito porque estamos analisando um conjunto de fatores. Mais do que simples política, trata-se de uma questão técnica. Antecipar calendário é para quem não tem trabalho a realizar na cidade", considera Alex.

O PT, cujo pré-candidato à sucessão é Luiz Marinho, também mantém segredo sobre o vice, embora afirme que a definição dependerá da aproximação de Maurício Soares e da possível união com o PPS. "Temos de colocar um vice que faça a diferença. Fechar antes atrapalharia as alianças", conclui o presidente da sigla, Wanderley Salatiel.