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Cemitério de Ribeirão completa 100 anos
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
03/05/2008 | 07:16
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O único cemitério de Ribeirão Pires, o São José, completa hoje um século de existência. Quem comemora a data são os coveiros do município, que se honram da profissão de enterrar mortos e garantem: não há o que temer no local, nem mesmo à noite.

"Eu adoro este cemitério. Gosto mesmo. Quando brigo com a minha mulher, venho dormir aqui. Ando pelos túmulos de madrugada. Aqui só tem ossada, as almas e os espíritos já estão no céu", conta Dirceu Moreno Masseno, 59 anos, considerado o veterano dos coveiros, com 16 anos de ‘casa'.

Outro que é fã das sepulturas de Ribeirão é José Miguel da Silva, 49. Ele diz que encara a profissão com muita seriedade, mas um certo enterro o emocionou. "Tinha acabado de perder meu filho de dez anos, e estava sensível por conta disso. Vi duas meninas chorando durante o enterro de seu avô e acabei chorando junto. No fim, a família veio me consolar", lembra, ressaltando que o local de trabalho nunca o assustou.

Entre os ilustres enterrados no São José estão o ex-prefeito de Ribeirão Pires, Santinho Carnavali, e Ibrahim Alves de Lima, um homem espírita que ficou famoso na cidade por suas curas e morreu durante um discurso na inauguração do centro educacional de Ribeirão. Como homenagem, o imóvel recebeu seu nome.

O Cemitério São José possui 2.077 jazigos. No ano passado, foram realizados 578 enterros, volume que descarta a possibilidade de abertura de novas covas porque as exumações ocorrem nos prazos de cinco (adultos) e três anos (crianças).




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