Cultura & Lazer Titulo Cinema
Drama baseado em fatos reais enfoca incesto
Luís Felipe Soares
Especial para o Diário
25/04/2008 | 07:08
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O drama Pecados Inocentes é outra atração que chega aos cinemas da Capital nesta sexta-feira. O filme é baseado no livro homônimo escrito por Natalie Robins e Steven M. L. Aronson, que relata a história real de Barbara Daly Baekeland, assassinada em 1972 e interpretada por Julianne Moore na adaptação para as telas.

Na história, Barbara é uma norte-americana bonita e carismática que sonha com sua ascensão social. Durante uma viagem para Hollywood, no início dos anos 1940, ela conhece Brooks Baekeland, papel de Stephen Dillane. O rapaz é neto de Leo Baekeland, químico belga inventor da baquelita - um tipo de plástico -, e herdeiro de sua fortuna.

Os dois se casam, mas a relação é delicada, sendo que Barbara parece ter dificuldade com sua nova posição social. A situação entra em um novo patamar com o nascimento de Tony, interpretado por Eddie Redmayne, seu filho. É através dos olhos de Tony que o filme se desenvolve, demonstrando a incerteza quanto a sua sexualidade, a decepção de seu pai quanto a ele e sua estranha relação incestuosa com a mãe. Quando o casal se separa, o filho não sabe se deve escapar da atenção sufocante de Barbara ou se deve ficar ao lado dela, consciente de que é seu único apoio emocional.

O trabalho tem direção de Tom Kalin, conhecido por suas produções que abordam a homossexualidade cotidiana ou histórica. Em Pecados Inocentes, ele volta a filmar um longa-metragem após 15 anos. Ao longo do tempo, restringiu o trabalho aos curtas. O roteiro ficou a cargo de Howard A. Rodman, que, ao lado do diretor, teve o trabalho de trazer a história do livro Savage Grace para um novo tipo de arte. A dupla se deteve a trabalhar com fatos essenciais da versão escrita e procurou um tom que humanizasse os personagens, carregados pela sombra de uma tragédia grega edipiana. Além de tratar da relação amorosa, em níveis incomuns, entre mãe e filho, o filme também aborda a história de decadência de uma dinastia através de gerações, colocando em evidência a trajetória pessoal da família Baekeland e sua fortuna.

(Supervisão de Ângela Corrêa)




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