Diarinho Titulo Tira-dúvidas
O que faz o hacker?
Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
17/02/2013 | 07:00
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Hacker é alguém que tenha conhecimento suficiente de informática para acessar informações de outras pessoas. Pode fazer isso por meio da invasão de computadores ou de dados fornecidos por usuários para sites falsos.

Apesar de ser errado invadir a privacidade e obter informações pessoais dos outros, nem todo hacker é mau. Alguns fazem isso só pelo desafio de vencer a segurança do sistema dos computadores. Já quem rouba dados e comete cibercrimes (irregularidades feitas na internet) é chamado cracker.

Em geral, o criminoso pega informações bancárias e pessoais de alguém para fazer compras. Também há casos de pedofilia, quando um adulto pratica abuso sexual em crianças ou adolescentes. Nesse caso, o cracker cria perfil falso e finge ter a mesma idade que a vítima para se aproximar.

Para não cair em armadilhas na net, lembre-se de nunca fornecer suas informações, como onde mora e estuda. Evite ainda ligar webcam para se mostrar. Não é possível saber se a pessoa do outro lado é quem você pensa.

Para ficar seguro é preciso manter os pais informados sobre tudo o que faz na web. Verifique a faixa etária do site ou rede social antes de se cadastrar. O uso do Facebook, por exemplo, é permitido somente para maiores de 13 anos.

Se tiver problemas, for ameaçado ou notar algo estranho na internet, não guarde segredo e nunca tente resolver a situação sozinho. Peça ajuda a um adulto, que deve denunciar o problema no www.denunciar.org.br ou no Disque 100.

Saiba mais:

Mentir na internet é fácil porque não podemos ver quem está do outro lado. Desse modo, não notamos expressões do rosto e gestos que poderiam denunciar a farsa. Para não cair em golpes, desconfie das informações que encontrar na web e não clique em links desconhecidos.

Metade dos internautas entre 9 e 16 anos navega pela web diariamente ou quase todos os dias, segundo pesquisa TIC Kids Online 2012.

O termo hacker vem da palavra inglesa hack, que significa gambiarra (solução improvisada para arrumar algo). Na década de 1960, passou a ser usado para indicar truques de informática e manipulações do aparelho telefônico com o objetivo de fazer chamadas grátis.

 

De vilão a mocinho

Parece estranho, mas muitos hackers transformam-se em profissionais de segurança da internet depois de invadir redes. Como têm bastante conhecimento em informática, acredita-se que possam trabalhar para tornar a web mais protegida e impedir futuras invasões.

O norte-americano Kevin Mitnick é exemplo disso. Nos anos 1990, ficou conhecido como o primeiro hacker da história a invadir sites de empresas e governo. Foi condenado a cinco anos de prisão. Depois de ganhar a liberdade, montou uma consultoria de segurança de sistemas, a Mitnick Security Consulting. Hoje, muitas companhias o contratam para fazer testes e descobrir se os hackers conseguem invadir os computadores. Para Mitnick, seu trabalho é maneira de compensar os prejuízos que causou no passado.

Assim como ele, outros hackers também passam para o lado dos bonzinhos. Empresas como a norte-americana McAfee, fabricante de softwares para proteção de ataques pela internet, contratam vários deles para fazer o mesmo trabalho.

No entanto, há quem não goste dessa atitude, como Eugene Kaspersky, fundador da empresa de antivírus Kaspersky. Segundo o empresário, desenvolvedores de programas de proteção de computador defendem melhor a web.

 

Franco Silveira, 7 anos, de São Bernardo, curte mexer no computador. Costuma acessar sites de jogos, vídeos no YouTube e fazer pesquisas para a escola no Google. O menino tem curiosidade para saber ao certo o que o hacker faz na rede. "Acho que ajuda a guardar informações importantes dos sites."

 

Consultoria de Almir Meira Alves, coordenador do curso de Engenharia da Computação da Fiap.




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