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Lauro contempla PPS de olho no PR

Prefeito nomeia populares-socialistas para atrair republicanos à sua base

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/02/2013 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tenta atrair o PR para sua base de sustentação nomeando, inicialmente, políticos ligados ao PPS. Republicanos e populares-socialistas firmaram coligação proporcional na eleição de outubro - ambos apoiaram o ex-prefeito Mário Reali (PT) - e elegeram quatro vereadores, todos do PR.

No fim do mês passado, o governo verde publicou nomeações de dois candidatos a vereador pelo PPS: os advogados Dimas Corsi e Enoque Santos Silva. Ambos apoiaram Lauro no segundo turno, a despeito de o PPS ter referendado adesão à campanha de Reali na segunda etapa do pleito.

Além de acolher dois populares-socialistas, a gestão Lauro também vê em Talabi Fahel (PR) um aliado do Paço. Talabi foi o vereador com maior número de votos do PR e se aproximou da Prefeitura depois de cogitar lançar candidatura própria à presidência da Câmara, em janeiro.

A manobra teve a bênção de Lauro, mas o republicano recuou após pressão do restante da bancada, que já havia fechado com o projeto de Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT).

"Hoje eu só vejo o PT como oposição", disse o prefeito na quinta-feira, depois da confirmação da derrota na Câmara na formação das principais comissões da Casa. Ele previu diálogo com as siglas que apoiaram Reali, exceção ao PT.

O PR oficializou na semana passada a criação de bloco oposicionista no Legislativo, ao lado de PRB e PDT. Juntos, os partidos contam com seis vereadores e, somados aos também seis parlamentares petistas, a bancada contrária ao governo verde chega a 12 nomes.

A força do grupo de oposição foi vista na quinta-feira, quando emplacou a presidência e maioria das duas principais comissões da Câmara: Luiz Paulo Salgado (PR) administrará Justiça e Redação e Josa Queiroz (PT) vai gerir Orçamento e Finanças.

O presidente do PR diademense, José Carlos Gonçalves, afirmou que a formação oposicionista decorreu principalmente pela falta de diálogo do prefeito com os parlamentares.

 

ENQUADRAMENTO

Aproximado com Lauro, Talabi foi enquadrado pelo PR em reunião organizada na semana passada. Vereadores e dirigentes republicanos cobraram que o parlamentar assuma postura crítica à gestão do prefeito, sob risco de abertura de comissão de ética para avaliar a conduta de Talabi.

Na primeira sessão do ano, na quinta-feira, Talabi mostrava claro desconforto com a situação. Sequer discursou na tribuna, como fez a maioria dos vereadores.

 




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