Política Titulo Reclamação
PT de Diadema cobra
reciprocidade de Grana

Ex-funcionários da gestão Reali relembram acolhimento de
andreenses depois da derrota de Vanderlei Siraque, em 2008

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/02/2013 | 07:00
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O PT de Diadema escancarou as portas para acolher correligionários de Santo André, em 2008, quando o hoje deputado federal Vanderlei Siraque (PT) foi surpreendido por Aidan Ravin (PTB) na disputa pela Prefeitura andreense. Cinco anos depois, e com cenário invertido nas cidades, petistas diademenses reclamam da falta de reciprocidade do governo de Carlos Grana (PT).

Nenhum integrante do petismo de Diadema foi contemplado no primeiro escalão de Grana, diferentemente da composição feita por Mário Reali (PT) no início de seu mandato, que terminou no ano passado. A alegação do prefeito andreense foi a de contemplar quadros e partidos aliados da cidade.

Ao longo dos quatros anos de gestão, Reali alçou quatro representantes do PT de Santo André. De início, Luis Paulo Bresciani e Márcio Vale foram contemplados com as Pastas de Desenvolvimento Econômico e Habitação, respectivamente. Bresciani foi secretário do Governo de João Avamileno (PT) em Santo André, enquanto Vale exerceu cargo de diretor na mesma administração.

Solange Ferrarezi Zanetta passou a liderar a Secretaria de Desenvolvimento após Bresciani ter sido deslocado para o Consórcio Intermunicipal. Luiz Henrique Zanetta virou secretário de Meio Ambiente depois da demissão de Ricardo Silvério de Sousa, já no fim do mandato de Reali.

"Acolhemos muitos de lá (Santo André) em segundo e terceiro escalões do governo. Agora estamos parados à espera de uma ligação", disse um petista de Diadema, que não quis se identificar.

Antes de anunciar seu secretariado, Grana se reuniu com três vereadores do PT de Diadema ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: Josa Queiroz, Orlando Vitoriano e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Deles, ouviu recomendações de quem poderia absorver em sua administração.

Alguns nomes cogitados por Grana foram criticados pelo trio, como o da ex-secretária de Comunicação Denise Gorczeski. Adelaide Morais (Finanças) e Airton Germano (Assuntos Jurídicos) também foram especulados - Germano optou por continuar em Diadema, atuando como secretário jurídico da Câmara.

 

GARANTIDOS

Além de Reali, que virou assessor da Secretaria de Habitação da prefeitura de São Paulo, Osvaldo Misso (ex-chefe de Gabinete), Lúcia Couto (Educação), Luiz Carlos Theophilo (Obras), Ricardo Perez (Transportes) e Neuceli Bonafé Boccatto (Saned - Companhia de Saneamento de Diadema) conseguiram transferência em outros locais.

Misso foi para a Caixa Econômica Federal, Lúcia é secretária de Educação de Embu das Artes, Theophilo está no primeiro escalão de Donisete Braga (PT) em Mauá, Perez também trabalha no governo mauaense e Neuceli atua no Paço de São Bernardo.

 

 




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