Prefeito diz que deficit atrapalha continuidade da obra, que está em execução desde 2007
Os munícipes de Ribeirão Pires terão que esperar mais um ano para ganhar o hospital municipal. O prefeito da cidade, Saulo Benevides (PMDB), admitiu que a obra não ficará pronta neste ano, conforme o planejamento deixado pela antiga administração.
O peemedebista alegou que não possui condições financeiras de tocar a construção do empreendimento. O equipamento de Saúde faz parte da segunda etapa do complexo hospitalar no bairro Santa Luzia. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) e a central de ambulâncias já funcionam ao lado da obra, que fica na Estrada da Colônia. A construção começou em 2007, dois anos após a aquisição do terreno de 15 mil metros quadrados.
Saulo disse que o deficit orçamentário estimado em R$ 37 milhões prejudica a finalização do hospital. O prédio terá 3.500 metros quadrados de área construída, setor de internação com 125 leitos, oito consultórios médicos e laboratório de análises clínicas. Os munícipes terão acesso a atendimento ginecológico, pediátrico, clínico, além de centro cirúrgico obstétrico e maternidade.
Somente a UPA, inaugurada em setembro, custa R$ 3 milhões mensalmente aos cofres públicos. Ainda não há estimativa do quanto precisa ser desembolsado para custear o novo hospital municipal. Estima-se que somente para compra de equipamentos precisarão ser desembolsados cerca de R$ 13 milhões.
O peemedebista tem procurado alternativas para conseguir deixar o equipamento de portas abertas. "A garantia é que vai ser inaugurado (em 2014). O maior problema é o custeio, porque não vai ser fácil bancar 125 leitos", afirmou.
Saulo propôs ao governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), a locação de alguns leitos, alegando que o novo hospital será referência para Mauá, Suzano e Rio Grande da Serra. A reivindicação está sendo analisada pelo chefe da Casa Civil, Edson Aparecido.
O prefeito de Ribeirão também foi a Brasília pedir ajuda mensal da União. A solicitação foi feita ao Ministério da Saúde durante o 2º Encontro Nacional dos Prefeitos, realizado no fim do mês passado. "Queremos ajuda no custeio fixo por mês. O ministro (da Saúde, Alexandre Padilha) não estava lá, mas iremos marcar uma conversa", disse Saulo. Atualmente, o governo federal envia R$ 175 mil mensalmente para ajudar na manutenção da UPA.
Com a futura inauguração do complexo, o atual Hospital São Lucas será transformado apenas em maternidade, pois o pronto atendimento será transferido integralmente para a Estrada da Colônia.
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