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Atrasado, hospital municipal de Ribeirão só fica pronto em 2014

Prefeito diz que deficit atrapalha continuidade da obra, que está em execução desde 2007

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
10/02/2013 | 07:00
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Os munícipes de Ribeirão Pires terão que esperar mais um ano para ganhar o hospital municipal. O prefeito da cidade, Saulo Benevides (PMDB), admitiu que a obra não ficará pronta neste ano, conforme o planejamento deixado pela antiga administração.

O peemedebista alegou que não possui condições financeiras de tocar a construção do empreendimento. O equipamento de Saúde faz parte da segunda etapa do complexo hospitalar no bairro Santa Luzia. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) e a central de ambulâncias já funcionam ao lado da obra, que fica na Estrada da Colônia. A construção começou em 2007, dois anos após a aquisição do terreno de 15 mil metros quadrados.

Saulo disse que o deficit orçamentário estimado em R$ 37 milhões prejudica a finalização do hospital. O prédio terá 3.500 metros quadrados de área construída, setor de internação com 125 leitos, oito consultórios médicos e laboratório de análises clínicas. Os munícipes terão acesso a atendimento ginecológico, pediátrico, clínico, além de centro cirúrgico obstétrico e maternidade.

Somente a UPA, inaugurada em setembro, custa R$ 3 milhões mensalmente aos cofres públicos. Ainda não há estimativa do quanto precisa ser desembolsado para custear o novo hospital municipal. Estima-se que somente para compra de equipamentos precisarão ser desembolsados cerca de R$ 13 milhões.

O peemedebista tem procurado alternativas para conseguir deixar o equipamento de portas abertas. "A garantia é que vai ser inaugurado (em 2014). O maior problema é o custeio, porque não vai ser fácil bancar 125 leitos", afirmou.

Saulo propôs ao governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), a locação de alguns leitos, alegando que o novo hospital será referência para Mauá, Suzano e Rio Grande da Serra. A reivindicação está sendo analisada pelo chefe da Casa Civil, Edson Aparecido.

O prefeito de Ribeirão também foi a Brasília pedir ajuda mensal da União. A solicitação foi feita ao Ministério da Saúde durante o 2º Encontro Nacional dos Prefeitos, realizado no fim do mês passado. "Queremos ajuda no custeio fixo por mês. O ministro (da Saúde, Alexandre Padilha) não estava lá, mas iremos marcar uma conversa", disse Saulo. Atualmente, o governo federal envia R$ 175 mil mensalmente para ajudar na manutenção da UPA.

Com a futura inauguração do complexo, o atual Hospital São Lucas será transformado apenas em maternidade, pois o pronto atendimento será transferido integralmente para a Estrada da Colônia.

 




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