A comissão de frente inovou, com uma figura central que, inicialmente, parecia uma estátua-viva de cobre de Mario Lago. Pouco depois, o representante do artista saía de sua posição quase inerte para dançar e fazer acrobacias.
A ala das baianas também emocionou, já que as mulheres representaram o grande amor de Mario Lago que foi casado por 50 anos, depois de conhecer a futura esposa em um comício do partido comunista. Aliás, política sempre esteve presente na vida do artista, cujo avô era italiano e anarquista. Seus dois avôs ganharam uma alegoria em sua homenagem.
Trechos das arquibancadas pareciam as de um estádio durante os jogos do Palmeiras, com faixas estendidas de cor verde e branca.
A bateria, comandada pelo Mestre Caju, representou os malandros da Lapa, ambiente frequentado por Lago e grande parte da boemia carioca na primeira metade do século 20. A rainha de bateria da escola Mancha Verde, Viviane Araújo, estava vestida da mítica Dama da Noite, uma fantasia com plumas e ornamentos dourados. Uma ala lembrou a primeira prisão do homenageado, que aconteceu em 1932.
O carro alegórico que fechou o desfile da Mancha Verde homenageou a presença de Mario Lago nas novelas brasileiras. A enorme barriga de uma grávida fez alusão a Barriga de Aluguel, de autoria de Glória Perez e exibida em 1990, quando o ator fez o papel de doutor Molina. Outro carro que exibia a figura de um lagarto era alusivo ao apelido do artista, "Lagartão", principalmente entre os boêmios na noite carioca.
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