Política Titulo Programas eleitorais
‘Tom seguirá o mesmo’, afirma Alckmin sobre críticas a Skaf

Líder nas pesquisas, governador de S.Paulo alega necessidade de ‘mostrar a verdade’ ao eleitor

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
18/09/2014 | 07:55
Compartilhar notícia


O tom crítico adotado pela campanha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), contra o adversário Paulo Skaf (PMDB) será mantido, confirmou o tucano, candidato à reeleição. Segundo Alckmin, o objetivo é “levar informações ao eleitor”, descartando a utilização de ataques pessoais a Skaf.

“Fazemos campanha de verdade. Não fazemos campanha de ataques. Estamos levando informações que o eleitor precisa ter para poder decidir seu voto. Por isso, o tom vai seguir o mesmo”, adiantou o atual comandante do Palácio dos Bandeirantes, que ontem fez campanha em Marília e Bauru, no interior do Estado.

Com o avanço do processo eleitoral, Alckmin decidiu intensificar questionamentos à empreitada de Skaf, principalmente depois que o peemedebista subiu nas pesquisas de intenções de voto. A despeito do acréscimo de percentual do candidato do PMDB, todas as sondagens apresentam vitória tucana no primeiro turno.

São nos programas de televisão que a coordenação do PSDB amplia as críticas a Skaf. Alckmin lembrou, por exemplo, que o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) tem como um dos coordenadores de seu projeto eleitoral o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), último chefe do Executivo paulista antes da hegemonia do PSDB.

No horário eleitoral, Alckmin recordou que Fleury deixou a administração com dívidas para seu sucessor, Mário Covas (PSDB, morto em 2001), e disse que o peemedebista havia “quebrado São Paulo”.

O governador tucano também citou que Skaf é apoiado por figuras políticas com altos índices de rejeição, casos do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD) e o deputado federal Paulo Maluf (PP). O progressista desistiu de apoiar a candidatura de Alexandre Padilha (PT) para sustentar o projeto de Skaf, enquanto Kassab, candidato ao Senado, recuou na última hora de caminhar ao lado do PSDB para engrossar a lista de aliados de Skaf.

Para tentar driblar os questionamentos desferidos pela campanha de Alckmin, Skaf tem buscado renegar os aliados. Primeiramente disse que Fleury não integrava o plano de governo do PMDB. Depois, afirmou que não houve adesão de Kassab e Maluf ao seu projeto, e sim de PSD e de PP.

Questionado pelo Diário sobre a manutenção da estratégia de Alckmin, Skaf minimizou as críticas e sinalizou que também não aliviará nos ataques ao atual governador. “Ele (Alckmin) está desesperado. Quando seus adversários lhe criticam é um bom sinal. Se eu estivesse sendo elogiado, aí sim ficaria preocupado”, discorreu Skaf, que cumpriu agenda em São José dos Campos e Caraguatatuba.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;