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Economia nacional
sente efeitos da crise

PIB fica estável, venda de veículos apresenta queda
e poupança tem a pior captação líquida desde 2002

Pedro Souza
Tauana Marin
07/12/2011 | 07:07
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Os impactos da crise internacional vieram à tona no Brasil. A maré vermelha que paira sobre a Europa e Estados Unidos, que foi iniciada pelos problemas que os sistemas financeiros desses países tiveram desde a crise de 2008, dá sinais de que algumas ondas atingiram a economia brasileira. Preocupado com o futuro, o consumidor daqui já põe o pé no freio reduzindo as compras de produtos com maior valor agregado (e mais caros) e guardando menos dinheiro. O resultado é o crescimento menor do Produto Interno Bruto (soma das riquezas do País).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pela apuração da variação da atividade econômica nacional, publicou ontem que o PIB do terceiro trimestre ficou estável. Dessazonalizada, a produção de riquezas no País não variou em relação ao segundo semestre.

O resultado reflete o trabalho de proteção que o governo realiza desde o fim do ano passado. Na época, o Banco Central junto ao Ministério da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, que formam o Conselho Monetário Nacional, inseriram medidas macroprudenciais que tinham como objetivo segurar o crescimento do crédito.

Essas alterações entraram em vigor para segurar a inflação, que tanto assustou os brasileiros antes do início do Plano Real, em 1994. Mas contendo o crédito e freando o consumo, o governo resfriou a expansão econômica.

Se por um lado o PIB não subiu, por outro o País enfrenta as faíscas da turbulência econômica, hoje, com a inflação acumulada no ano (5,43% em outubro) ainda abaixo do teto da meta, de 6,5% no ano, que é visto como o limite que o País suporta para crescer saudável.

VEÍCULOS

O setor automotivo, fortemente representado na região por cinco montadoras e que ainda não havia sentido os reflexos da crise (batendo recordes de produção e vendas), também apresenta indícios de que o cenário pessimista vai influenciar nos resultados. As montadoras estão com o maior nível de estoque da história, sinal de que a demanda não está como o esperado. E as concessionárias apresentaram quedas nas vendas, principalmente de veículos usados.

A captação líquida da caderneta de poupança, diferença entre os valores depositados e retirados, foi a pior para novembro dos últimos nove anos, com resultado negativo de R$ 21,9 milhões.

 




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