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Ganso é a atração do
clássico Sansão na Vila

Amigo do jogador, o atacante Neymar pediu à torcida
santista que não recebesse o ex-alvinegro com vaias

Das Agências
03/02/2013 | 07:32
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A Vila Belmiro, palco por onde já passaram inúmeros craques do futebol mundial, vai tremer hoje, às 17h, pelo Campeonato Paulista. O Santos recebe o São Paulo no primeiro clássico entre os grandes times da competição. Mas o principal atrativo do duelo estará em campo defendendo as cores do Tricolor. Paulo Henrique Ganso, o meia que brilhou defendendo o Peixe, estará agora do lado oposto. E a presença do astro virou assunto nos dois clubes.

Amigo do jogador, o atacante Neymar pediu à torcida santista que não recebesse o ex-alvinegro com vaias, mesmo que ainda esteja chateada com a postura do atleta que no ano passado trocou o Peixe pelo rival.

"A torcida do Santos é muito diferente, e espero que possa receber o Ganso com respeito, por tudo o que ele fez aqui. Eu não ligo para xingamentos ou vaias, mas a família sente. É algo ruim de se ver. Eu amo o Ganso, ele é meu irmão, e se acontecer algo ruim a ele, também ficarei triste, assim como a família dele", pediu Neymar.

A torcida, porém, parece que não quer atender aos pedidos da Joia. E preparou durante a semana um manifesto que ainda não foi confirmado. A ideia dos torcedores é levar faixas criticando o jogador ou até mesmo notas falsas de dinheiro com seu rosto estampado.

O meia, por sua vez, mostra-se alheio às polêmicas e não esconde o carinho pelo ex-clube. A prova disso é que Ganso espera por um bom tratamento hoje à tarde. "Não sei se a recepção vai ser positiva ou negativa. Espero que seja boa, que eles (torcedores) possam torcer pelo Santos e que eu possa vencer o Neymar. Espero que seja um jogo com muita paz e com uma vitória do São Paulo", disse Ganso.

Apesar do respeito pelo Santos, Ganso diz que, caso consiga estufar as redes, não terá problemas na comemoração, mas com o devido respeito ao Santos.

"Se eu fizer o gol vou comemorar sem menosprezar a torcida e o adversário, respeitando o Santos. Espero conquistar uma vitória sobre meu ex-clube", afirmou o camisa oito.

Ganso acredita que pode ajudar os companheiros com o conhecimento que tem sobre o Peixe. "Pelos últimos jogos, sabemos quais são os pontos fracos do Santos. Não é difícil achar, mas prefiro deixar isso para o jogo e não falar agora", disse o meia são-paulino.

RECEITA DE MURICY

O treinador do Santos, Muricy Ramalho, conhece bem Ganso. E com a experiência de quem esteve ao lado dele nos melhores momentos da carreira, o comandante santista dá a dica para neutralizá-lo: diminuir os espaços para que ele não tenha tempo de raciocinar e armar as jogadas de ataque do adversário.

"O Ganso é grande jogador, e a única chance de você evitar[/01.TXTNORMAL] (que ele trabalhe com a bola) é marcar mais de perto. Caso contrário, ele já pensa mais que os outros. Mas não é só ele. Temos que estar bastante ligados com o time inteiro do São Paulo, são grandes jogadores", comentou.

Marcos Assunção deve reestrear no Peixe

No encontro de dois ídolos da torcida santista na Vila Belmiro, outro jogador bastante conhecido dos alvinegros pode ser a surpresa em campo. O volante Marcos Assunção deve fazer sua reestreia pelo clube justamente no clássico. A decisão sobre sua atuação depende de si próprio, segundo o técnico Muricy Ramalho.

O treinador mantém o mistério e deixa nas mãos do atleta a possibilidade de escalá-lo desde o início. "Da parte muscular, Marcos Assunção já está bom. A preparação dele está na parte final mesmo. Mas antes da escalação quem tem que sentir é o jogador. É ele quem determina", comentou.

A estreia de Marcos Assunção seria de fundamental importância para o técnico santista. Se o volante estiver em condições de jogo, Muricy deve escalar Renê Júnior para formar dupla com Durval na zaga. A dúvida segue no setor, mas sobre o substituto do zagueiro Neto.

Jubal, que entrou na lacuna na vitória sobre o Ituano, na última rodada, realizou apenas uma partida como profissional. E o treinador tem receio de que o jovem tenha, de cara, a missão de marcar o atacante Luis Fabiano.

"Não dá para falar agora (se o Neto joga). Nós o levamos até o final para ver se ele jogaria, mas sentiu no aquecimento (contra o Ituano)", afirmou o treinador santista.

DESVANTAGEM

Usando a velha e boa tática de jogar a responsabilidade da vitória para cima do adversário, Muricy Ramalho diz que o favoritismo no duelo de hoje pertence ao Tricolor.

"A vantagem é do São Paulo, pelo entrosamento e o fato de ter mudado pouco o time, enquanto nós mudamos muito", afirmou. "O Santos também jogou (pelo Paulista) no mesmo dia que o São Paulo (pela Libertadores). Estamos com o desgaste físico intenso. E o São Paulo igual. A desvantagem foi só a viagem (à Bolívia), mas não é muito longa também. Acho que isso não pesa em relação ao jogo", analisou o comandante.

Wellington aposta em jogo parelho e prevê boa atuação

O São Paulo é a única equipe que tem 100% de aproveitamento no Campeonato Paulista, fato que colocaria o Tricolor já de imediato como favorito para o clássico. Porém, o grupo de jogadores não pensa dessa forma.

Segundo o volante Wellington, o time vai encarar adversário bastante complicado pela frente, mas tem condições de sair da Vila Belmiro com mais um resultado positivo.

"O Santos tem excelente equipe, com grandes jogadores. Mas o nosso time também é muito forte e vamos para lá (Vila Belmiro) jogar de igual para igual, sempre respeitando o Santos. Vamos em busca desta vitória", projetou o camisa cinco são-paulino.

Após conquistar a confiança do técnico Ney Franco e ser um dos destaques da equipe nesse início de temporada, Wellington confia em ter mais uma boa atuação no ano e ajudar o meio de campo tricolor a ter liberdade para criar com qualidade e eficiência diante do Peixe.

"Todos no time têm sua função e a minha é marcar e sair com qualidade para o jogo. Vou procurar fazer isso como fiz nas últimas partidas para ajudar o Ganso, Jadson e os outros jogadores", afirmou o meio-campista.

Ex-são-paulino, Cícero diz que não guarda mágoas do Tricolor

Um dos destaques do atual Santos após a passagem que teve pelo São Paulo entre os anos de 2011 e 2012, o meia Cícero revelou que não guarda mágoas da ex-equipe, de onde saiu insatisfeito por não ter uma sequência de jogos.

"Não vou entrar em campo com sentimento de vingança. Vivi bons momentos e deixei muitos amigos lá. A única coisa diferente será enfrentá-los, já que há pouco tempo eles estavam ao meu lado. Considero minha passagem pelo clube positiva enquanto tive chances de jogar. Na metade final da temporada (2012) as coisas mudaram um pouco, mas não guardo mágoa alguma", afirmou o jogador.

Se depender do rendimento, o meia já pode dizer que está habituado ao Santos. Nesse começo de temporada, Cícero já marcou três gols em quatro jogos disputados no Campeonato Paulista.

"Apesar do pouco tempo aqui, já me sinto em casa no Santos. O time todo me acolheu muito bem e isso tem me ajudado a produzir o que posso em campo. Tenho objetivos grandes, entre eles voltar à Seleção Brasileira, e o Santos é o time certo para me ajudar a conquistar tudo o que planejo", disse o meia.




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