Política Titulo Rombo
Reali contesta dívida de
R$ 1,7 bi dita por Lauro

Para ex-prefeito de Diadema, verde contabiliza deficits que
são temas de disputas judiciais; Reali reconhece R$ 455 mi

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/01/2013 | 07:15
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Ex-prefeito de Diadema, Mário Reali (PT) contestou o valor da dívida total da Prefeitura divulgado pelo seu sucessor Lauro Michels (PV). O verde anunciou que herdou R$ 1,7 bilhão em passivos do petista. "Não sei de onde ele tirou esse número. Está vendendo a carne com dedo na balança", comparou. Reali disse que deixou R$ 455 milhões em dívida consolidada.

Para o ex-gestor diademense, Lauro contabiliza deficits que são temas de disputas judiciais, como pendências para encerramento da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) e entre Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e Sabesp. Esses valores não foram incluídos no relatório de fim de mandato preparado pela equipe de governo de Reali. "Dívida existe por conta do fluxo de caixa. Nós passamos os números (na transição)."

O petista admitiu problemas com a CND (Certidão Negativa de Débito), mas afirmou que a falta de regularização do documento não impede o município de receber recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e para a Secretaria de Educação. A CND foi negativada pela União por conta da dívida do Paço com o Ipred (Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Diadema), estimada em R$ 20 milhões. "Fazendo a renegociação (do passivo) você consegue tirar (a CND)", alegou Reali.

O ex-prefeito alegou que os problemas vieram pela baixa arrecadação em outubro e novembro. "Deixamos, no balanço, o equilíbrio das contas e até superavit. Não que tenhamos deixado liquidez no pagamento. Tinha muito recurso vinculado para contas de Saúde e Educação. E tinha dinheiro empenhado para receitas que não estavam realizadas, mas que seriam realizadas."

"Sei que até o meio do ano ele vai reclamar que não tem dinheiro e vai colocar a culpa em mim. Sei o . Vai xingar e falar, porque não vai dar reajuste, terá de apertar o Orçamento. Esse roteiro estava escrito", avaliou Reali, que reafirmou ter garantido R$ 200 milhões em contratos a serem executados, sendo R$ 180 milhões em recursos do governo federal e o restante de contrapartida da Prefeitura. O ex-chefe do Executivo afiançou também ter quitado todas as pendências com funcionalismo público referente ao seu mandato.

Reali também rebateu as críticas de Lauro sobre problemas na estrutura dos prédios públicos. O verde reclamou até que seu antecessor retirou a vedação do carro oficial do prefeito e o interfone do gabinete. "Ele não tem de estar preocupado com a borrachinha do carro e tem de estar preocupado com a cidade", justificou o petista. Segundo ele, a vedação foi tirada para blindagem do veículo oficial.

"A maior parte das gestões do PT priorizou os prédios utilizados pela população. Minha casa tem problema de vazamento. Sinto que ele olha o prédio do Paço, do gabinete, o entorno dele", analisou.

 

 




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