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Petistas articulam reeleger Mário Reali no Consórcio

Atual presidente da entidade recebe apoio declarado de Marinho

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/12/2011 | 07:30
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), ganhou apoio declarado do chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para se manter à frente do Consórcio Intermunicipal em 2012.

Em 2009, no início dos atuais mandatos dos prefeitos do Grande ABC, foi firmado acordo em que o PT, partido que conta com três gestores na região - além de Reali e Marinho, tem Oswaldo Dias, de Mauá -, comandaria a organização nos dois últimos anos. José Auricchio Júnior (PTB), de São Caetano, e Clóvis Volpi (PV), de Ribeirão Pires, se revezaram em 2009 e 2010.

"Nós vamos falar disso em janeiro, mas a minha opinião é que o Mário deve continuar", disse Marinho ontem, após reunião do grupo. Oswaldo não quis se posicionar sobre a eleição, que acontecerá em fevereiro. Reali também despistou sobre a articulação. "Não conversamos nada ainda, mas vou dialogar com eles. Agora, não posso antecipar nada."

Ontem, depois do encontro na sede da entidade, os prefeitos almoçaram em um restaurante da região e debateram o assunto. A vontade deles é adiantar o tema e deixar tudo bem encaminhado para janeiro e, com isso, não atrapalhar o processo eleitoral do ano que vem. 

RARIDADE E ABANDONO

Caso Reali seja reconduzido ao comando do Consórcio, será somente o segundo prefeito a ser reeleito para o cargo. Em 20 anos de história, apenas o deputado federal William Dib (PSDB), de São Bernardo, respondeu pela instituição por dois mandatos, em 2005 e 2006.

O prefeito de Santo André Celso Daniel (PT, morto em 2002), entre 1991 e 1992, e o ex-gestor de Ribeirão Pires Valdírio Prisco, de 1993 a 1994, também presidiram o grupo por anos consecutivos, mas àquela época o mandato correspondia a um biênio.

Só que, apesar de entrar para o raro grupo de reeleitos, Reali poderá sofrer o que outros presidentes do Consórcio viveram em anos de eleição municipal: o abandono dos demais integrantes da bancada. Durante as reuniões mensais, é comum prefeitos enviarem representantes ou seus vices para acompanharem a discussão, enquanto organizam as campanhas de reeleição ou de seu sucessor.

Em 2012, Auricchio, Volpi e Adler Kiko Teixeira (PSDB), de Rio Grande da Serra, tentarão emplacar seus aliados no poder, já que não poderão concorrer novamente. Volpi definiu pelo seu vice, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), para continuar o projeto em Ribeirão Pires. Kiko escolheu seu secretário de Obras, Gabriel Maranhão (PSDB), para manter o Paço nas mãos dos tucanos. Auricchio ainda não divulgou o nome da base situacionista, mas a assessora especial de Ações Sociais, Regina Maura Zetone (PTB), é a favorita a receber a indicação do prefeito de São Caetano.




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