Com série de restrições, a Câmara de São Caetano aprovou ontem projeto que autoriza que munícipes utilizem a tribuna para registrar reclamações. Porém, além de o espaço cedido à população ter sido aberto oito horas e meia antes do início das sessões – fora dos debates e em horário de difícil adesão popular –, o morador que quiser falar publicamente terá de comprovar ser representante de associação de bairro, ONGs ou coletar ao menos 30 assinaturas para provar ser porta-voz de vizinhança.

Enquanto votações das propostas ocorrem todas as terças-feiras, às 17h30, o horário reservado ao cidadão foi escanteado para às 9h, em pleno horário comercial e separado das discussões. As limitações foram estabelecidas por emenda assinada por 15 dos 19 vereadores e aprovada pelos mesmos parlamentares. Os únicos contrários às restrições foram Beto Vidoski (PSDB), Edison Parra (PHS), Cidão do Sindicato (Solidariedade) e Marcel Munhoz (PPS).

“Estabelecer a tribuna livre neste horário descaracteriza o projeto, já que os munícipes estarão trabalhando e não poderão comparecer à Casa”, criticou Vidoski. Autor da medida, Eder Xavier (PCdoB) minimizou as críticas e destacou que a proposta “não pode ser invalidada por mero detalhe”.