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Recessão técnica: nenhuma surpresa

Cenário se deve à repetição de resultados negativos do PIB (Produto Interno Bruto) por dois trimestres consecutivos

Simpi-SP
10/09/2014 | 07:26
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Segundo os economistas, entende-se como recessão técnica a repetição de resultados negativos do PIB (Produto Interno Bruto) por dois trimestres consecutivos. O PIB é a soma das riquezas de um país e, no segundo trimestre, sofreu variação negativa de 0,6% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Esse cenário, evidenciado no último dia 29 de agosto, não surpreendeu os micro e pequenos empresários industriais paulistas.

Na opinião de Joseph Couri, presidente do Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), o resultado já era esperado pelo setor que, de abril a junho, ampliou o ritmo de demissões e viu minguar a confiança do empresariado na economia brasileira. "Esse número vem confirmar o clamor que está no dia a dia das empresas, que estão demitindo, o que intensifica um movimento de reclamação generalizada entre os empresários em relação à diminuição de receitas, e uma oscilação também negativa de vendas”, afirma o dirigente sindical que, embora aposte em cenário melhor para o segundo semestre, não acredita em recuperação da economia no curto prazo.

“A Copa do Mundo acabou e há toda uma sinalização de que aconteceu uma melhora na economia, mas ela está abaixo das expectativas, reflexo de que o mercado não está andando como deveria”, complementa Couri.

Flexibilização de horários por mobilidade

A mobilidade urbana, ou a falta dela, é um dos principais problemas de grandes cidades como São Paulo, principalmente nas regiões com alta concentração de prédios comerciais e escritórios.

Os governantes vêm buscando formas para priorizar o transporte público coletivo em detrimento ao individual, uma vez que, na realidade, não existe intervenção viária que seja suficiente e capaz de suportar o fluxo intenso e crescente de um enorme número de pessoas, locomovendo-se simultaneamente num mesmo horário. É fisicamente impossível.

Assim, com o aumento da quantidade de veículos em circulação e a redução gradual da oferta de vagas em estacionamentos nas regiões mais populosas, como acontece na Capital paulista e nas principais cidades do País, a tendência desse quadro é piorar exponencialmente nos próximos anos.

Por isso, percebendo que os funcionários estão mais cansados e se interessam muito por alternativas que possam facilitar seus deslocamentos de e para o trabalho, cada vez mais empresas vêm adotando políticas internas como, por exemplo, flexibilizar o horário de expediente.

Diversos estudos indicam que muitos motoristas trocariam o uso do carro pelo transporte público, se pudessem entrar e sair do trabalho fora dos ‘horários de pico’ dos ônibus, trens e metrôs.

Além disso, a instituição do trabalho remoto (home-office) parcial ou integral, a disponibilização de ônibus fretados compartilhados com outras empresas da região e a organização de ‘caronas’, entre outras alternativas, também são iniciativas válidas e factíveis, amplamente adotadas pelas corporações das principais metrópoles do primeiro mundo, com sucesso.  




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